Capitulo
Quatorze PENULTIMO CAPITULO
Havia uma festa essa noite, Lua ficou
sabendo que Arthur iria. Ele nunca ia em festas. Na parte da manha ela notou
que ele olhava muito para uma garota, ela se sentiu incomodada. Era suspeito,
ela então resolveu ir, não deixaria acontecer mais nada com ninguém, ela já estava
enfiada nisso mesmo, então não se importava mais, o impedir de fazer o mal
agora era seu único objetivo. Chegou a noite e ela se arrumou, sua mãe a
ajudou, animada por ver a menina sair, já que a mesma nunca ia em festas assim. Lua colocou um
vestido bege, com uma sapatilha, deixou os cabelos soltos e passou uma
maquiagem leve. Quando terminou desceu.
- Mãe, estou indo.
- Espere. – Sra. Blanco
apareceu na sala. – Antes preciso conversar com você.
- Mãe não precisa...
- Claro que sim. – A interrompeu.
– Olha, você é nova, quero que tome cuidado. É sua primeira festa, tenho meus
medos, mas confio em você. Se divirta, mas não beba okay?
- Pode deixar mamãe. Eu vou
ficar bem. – Sra. Blanco deu um beijo na testa da menina.
- Te amo!
- Também te amo!
E então saiu rumo à festa. Pensando bem em
suas ações, tomar cuidado. Será que teria mesmo sorte?
...
O cheiro de bebida do lugar era insuportável,
a musica alta a fazia querer fugir daquele lugar fechado, abafado com varias
pessoas dançando e se esfregando, por isso nunca aceitava ir em festas,
preferia seu quarto. Pegou um refrigerante e saiu “Andar” pelo local, pessoas
esbarravam nela, rostos completamente desconhecidos, a maioria do pessoal era
do terceiro. Ela procurava Arthur por todos os lados e nada, quando viu a garota
que ele não tirava os olhos de manhã. E então ela decidiu ficar olhando a
menina, que dançava com outro, seu vestido era tão curto que quase via sua
calcinha, essas meninas tão estupidas e idiotas.
Ela então se sentou, estava cansada de
observar a menina ficar com o sétimo garoto que havia chegado nela. Lua já estava
em seu decimo copo de suco, e então viu o menino entrando, não teria notado, se
não fosse as meninas quase abrindo as pernas com plaquinhas “Me come” grudado
na calcinha. Só que ele como sempre apenas desprezava, e foi direto a aquela
garota, Lua sentiu seu estomago embrulhar, ele cochichou algo no ouvida da
menina que sorriu satisfeita, se sentiria muito se conseguisse algo com ele,
porém Lua teria suas duvidas se ela sairia viva dessa. Seguiu os dois que
subiram a escada localizada no canto do grande salão lotado. Quando Lua chegou
no segundo andar, foi desviando das roupas que estavam jogadas no corredor, viu
os dois entrando em um quarto e os seguiu, ficando atrás da porta. Passou
minutos, só ouvia cochichos e risadinhas, quando ouviu passos até a porta, ela
se escondeu atrás de uma mesa, e viu ele sair do quarto com um celular na mão.
- Estou aqui no local. – Ele falava
com alguém. – Não sou idiota, vou a drogar, descer com ela e a deixar na festa,
depois da mesma a pego naquele beco, e faço meu trabalho. – Ele ficou em silêncio
provavelmente ouvindo a pessoa do outro lado. – Eu vou tomar cuidado.
Ele entrou no quarto, Lua tinha que fazer
algo, ficou olhando aquela porta pensando no que poderia fazer. Ela por um
momento pensou em sua mãe que a esperava em casa, e Lua sabia que se intrometesse
de novo poderia não voltar mais para a casa. Mas não podia deixar a menina ali.
Por 10 segundos de coragem tirada do além, Lua invadiu o quarto, vendo Arthur
estendendo uma bebida para a menina, ambos olharam Lua, enquanto a garota
revirava os olhos Arthur tentava entender.
- Garota, pega teu rumo pra
fora daqui. – A menina falou. Lua apenas encrava Arthur, o mesmo fazia a mesma
coisa. A garota olhou Para os dois e saiu dali nervosa. Lua continuou ali, imóvel,
Arthur a olhava com raiva.
- O que você pensa que esta
fazendo? – Ele perguntou chegando perto dela. – Pensa que não te vi? Desde a
hora em que entrei, você nos seguindo e depois se escondendo atrás da mesa. Eu
não sou cego Blan...
Mas a garota lhe beijou, surpreendendo a
Arthur, e ela a si própria. Ela não teve outra reação, ou muito menos pensou em
correr, apenas o puxou e o beijou, achou que ali era seu fim, que ele a
empurraria e acabaria com ela ali mesmo, porém, ele apenas a segurou e a beijou.
Quando ela acordou o empurrou, ele a
encarou, seus olhos de Mel foram para negros. Lua tremia, ela sentia que isso
não acabaria bem.
- Sabe o seu problema Blanco?
Não saber ficar no seu canto, e não se meter com o negócio dos outros.
- Você ia mata-la.
- Não ia. Vou!
E
então ele saiu do quarto, Lua não sabia o que fazer, já havia se arriscado d+,
precisava de ajuda, tinha que chamar a policia. Por que não conseguia? Era tão
simples, ligar e fazer uma denuncia. Mas suas mãos não se mexiam nem pra pegar
o celular, o jeito era tentar o impedir de uma forma diferente, ela não o
queria machucado, ela o amava, não podia negar.
Continua...
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