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terça-feira, 29 de julho de 2014

Cap 13 "The End"


Capitulo Treze

    Acordou cedo pensando em tudo que teria que fazer, seria um dia longo, bem longo. Depois de se trocar, tomar café e escovar os dentes saiu de casa em direção ao colégio, sabia que Isabella não iria, se afastaria por um tempo. Quando chegou vendo tantos adolescentes conversando tentava imaginar o porquê de ele ser tão diferente, havia algo obscuro naquele coração, ela sentia medo, porém sempre era atraída por seus olhos. E assim foi, ela achou aqueles olhos tão escuros e profundos, seu rosto não havia nenhuma expressão, ele a olhava porem como se estivesse em outro mundo. Ela molhou os lábios secos e respirou fundo, seguindo em direção a aquele que tanto a perseguia.

- Podemos conversar? – Ela chegou sendo direta, parecendo fria, como se ele não visse o pavor de seus olhos pedindo misericórdia.
- Não. – Foi seco.
- Pois acho que vou ter que dizer mesmo assim, aqui no meio dessa gente. – Ela manteve o nariz empinado, sendo forte. Ele a olhou esperando o pouco da coragem dela, e sorriu debochado depois de vários segundos de silêncio.
- Acho que você não tem nada a dizer.
- Fique longe da Isabella. – Ele virou o rosto como quem não se importava, era hora de ela colocar medo, ou tentar, virou o rosto dele o obrigando-o a olhar. Os olhos dele não estava mais negros, agora tinha um tom de mel, ela quase se perdeu quando olhou aqueles olhos, ele parecia tão inocente.
- Você esta chamando a atenção. – Ele a fez acordar de seus pensamentos.
- Eu mandei você ficar longe de Isabella. Ela não tem nada a ver com o que acontece aqui, entre nós. Eu lhe prometi segredo e você deveria acreditar e me deixar em paz.
- Promessas, nunca são realmente cumpridas, não são verdadeiras, é uma ilusão que o ser humano inventa para iludir suas pobres vidas. Coitada de você se acredita nas promessas que os outros te fazem.
- Eu estou falando serio Arthur, eu sei muita coisa, posso muito bem abrir minha boca pra policia, e antes mesmo de tentar me matar você estará em uma cela, isolado, como sempre sonhou.
- Não estou atrás de Isabella. – Ela relaxou os ombros vendo que sua ameaça talvez servisse. – Nem quero nada com ela. Não quero nada com vocês, eu simplesmente estou de olho para ver se você realmente não abrira a boca.
- Então pare de me perseguir?
- Eu? Te perseguindo? – Ele riu. – Tem certeza?
- Não deboche, você é um maluco que não sai do meu pé. – Ele novamente sorriu.
- Você é tão cega que não enxerga o próprio nariz, Lua, acorde criança. – Colocou a franja da garota atrás da orelha, ela gelou. – Você me seguiu até minha casa, você falou comigo primeiro, você resolveu espiar minha janela depois de me desenhar, ME DESENHAR. Sua amiga que veio atrás de mim, aquele dia eu só fui atrás para saber o que tanto queria, você me seguiu e entrou em minha casa... – Foi interrompido.
- Você me obrigou a entrar.
- Passou pela frente da minha casa por que quis, você nunca havia passado por lá, descobriu onde eu morava e começou com esse costume. Você foi atrás de mim naquela trilha, você, se intrometeu e se enfiou nisso. E não sei se percebeu Luinha, você que caminhou até mim agora de pouco. E eu estou te perseguindo? – A menina estava branca. Ele sorria, o sinal tocou e ele tocou sua bochecha. – É uma pena você achar que sou um encosto, quando o encosto... é você mesma.

...

   Depois de ter raciocinado tudo que ele havia falado, Lua correu pra sala, tinha que pensar em algo, Rápido! As vezes que ela pediu para ir ao banheiro, ou beber agua, se sentia vigiada, porém sempre que olhava não via nada. No intervalo passou com suas amigas, ela estava aérea, depois das palavras dele ficou se xingando, talvez se ela não fosse tão intrometida, ou então se ela não se sentisse tão atraída por aqueles olhos.

...

- Esta melhor? – Lua perguntou a Isabella.
- Sim. – A menina estava deitada de baixo dos cobertores.
- O que falou pra sua mãe?
- Que estava resfriada. Ela me deu um remédio, acabei de acordar.
- Desculpa te colocar no meio disso.
- Não foi você, eu que não devia ter procurado ele.
- Eu juro que vou dar um jeito nisso. Ele vai sumir de nossas vidas para sempre.
- Luh, por favor, tenha cuidado. Ele é perigoso.
- Pode deixar, se ele realmente quisesse me matar eu já estaria morta.
- Você esta cega amiga, você o ama. – Isabella olhou piedosa. – Por favor, se afaste dele.
- Eu não... não o amo.
- Ama! Por mais mal que ele já tenha feito. Você esta completamente cega por ele, que nem notou, que o que você mais faz é falar dele.
- Claro que não, é só até ele sumir definitivamente de minha vida. Ai tudo voltara ao normal. E eu vou fazer o que for pra ele sumir.


Continua...

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