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terça-feira, 28 de julho de 2015

Cap 86 "Positivo"


Capitulo 86

 (Arthur estava sentado em seu escritório olhando pro nada, mas seu pensamento foi atrapalhado por Chay que entrou.)

- O que aconteceu cara? – Chay perguntou.
- Pensando sobre a reunião de ontem.
- O que aconteceu?
- Você sabe que o homem é de São Francisco, ele não tem nenhum interesse em algo aqui.
- Como assim?
- Ele esta abrindo uma gravadora em Los Angeles. E acontece que ele esta procurando alguém para se associar.

(...)

Narrado Por Lua

 A professora falava algo relacionado a história, e tudo relacionado a história me dava sono. Não que eu seja uma má aluna. Eu apenas não vejo empolgação na matéria e acabo fechando os olhos. Porém alguém me cutucou, olhei pro lado e vi Sophia sorrindo. Ela me passou um papel e eu o abri lendo.

“Você esta parecendo aquelas estudantes ingênua com essa cara.”
 Ri e escrevi algo de volta.
“E eu não sou?”
Ela leu e Mel a cutucou, ela mostrou a Mel que sentava atrás dela e riu. Logo passou um novo recado.
“Não, senhora ‘sou quase casada e tenho filho’”
 Eu ri, o sono havia passado, porém esqueci completamente que havia uma pessoa na sala que tentava explicar algo sobre 1945.

(Hora do intervalo)

- Vocês viram o olhar da professora né? – Diego disse.
- Eu não estava muito interessada naquele assunto. – Mel comentou.
- Nem atrapalhamos a aula. – Sophia disse. – Trocamos recados em silencio. – Riram.
- Aulas de Historia e Ingles me dão sono. – Micael comentou.
- Somos dois. – Lua disse. – Não entendo nada dessas matérias.
- Prefiro Geografia. – Mel disse.
- Eu gosto de matemática. – Sophia disse em seguida.
- Eu amo minha cama. – Lua disse fazendo todos rirem.
- Quem não ama? – Diego perguntou irônico. – Dormir e comer, melhores coisas.
- Não posso comer doce. Isso é chato. – Lua fez bico.
- Se eu ficar sem doce eu morro. – Sophia disse tirando um bis do bolso e abrindo todos riram.
- Vocês alegram o meu dia. – Mel comentou. – O que seria de mim sem vocês?
- Ah! Que belezinha...

(...)

- Você me mandou mensagem para mim? – Lua perguntou enquanto entrava no carro.
- Mandei! – Arthur respondeu.
- Desculpa, eu estava na aula de matemática, não podia responder.
- Tudo bem.
- O que queria falar?
- Nada, conversamos quando chegarmos em casa.
- Okay.

 (Passaram o resto da viagem sem falar nada, Lua percebeu que Arthur estava um pouco preocupado, seria problemas no trabalho? Chegaram no condomínio e foram para o elevador. Ao fechar Lua encarou a porta espelhada, por ela viu Arthur digitando algo no celular, ela ficou o observando. Ele estava tão distante em seus pensamentos, seu rosto expressava confusão. Ele estaria confuso em relação a que? )

- Não se preocupe tanto. – Ela ouviu Arthur dizendo e só então percebeu que ele a observava também.
- Estava apenas pensando. – Ela disse. – Esta demorando a chegar ao nosso andar. – Ela comentou e viu-o sorrir fraco.
- Você estava tão aérea que nem percebeu.
- O que?
- O elevador parou. - Ela virou para ele. – Não entre em pânico.
- O que aconteceu?
- A energia, Provavelmente. – Ele disse apertando o botão de chamada de urgência e a voz do porteiro soou. – Estamos parados no quinto andar. – O porteiro respondeu algo e desligou. – O que você estava pensando?
- Preciso arrumar algo para fazer. Eu não quero depender de você...
- Já conversamos sobre isso. – Ele a interrompeu. – Se você acha que esta minha cara é por que os negócios vão mal, esta errada. – A abraçou. – Não se preocupe comigo. – Ele disse e eles ouviram um barulho alto, e logo o elevador voltou a subir.

(Entraram em casa vendo Bernardo em seu bebe conforto um pouco distante da TV que passava um DVD infantil que tocava musicas, o menino olhava aquilo vidrado.)

- Ah, são vocês. – Cida chegou na sala. – Aconteceu algo? – Perguntou percebendo algo estranho.
- Nada, o elevador que parou de funcionar, ficamos presos no quinto andar por uns dois minutos.
- Vou arrumar a mesa do almoço. – Se retirou do local.
- Depois do almoço conversamos. – Arthur disse indo pro quarto. Lua foi até o filho e deu um beijo em sua bochecha.
- Oi bebê. – Sorriu. – Como esta lindo. Que DVD é esse em? – Olhou pra TV. – Papai que comprou? – Sorriu olhando pro filho. – Mamãe vai ir almoçar, quer ir com a mamãe ou vai ficar ai? – Estendeu a mão para pega-lo e ele entendeu os bracinhos aceitando o colo. Ela o pegou dando beijos em sua bochecha. – Aposto que esta com fome. – Sorriu vendo ele babando em sua camiseta.

(...)

(Lua entrou no quarto, havia acabado de almoçar e deixou Bernardo com o pai na sala assistindo o DVD. Ela escovou os dentes e se trocou colocando uma roupa mais leve, quando terminou viu Arthur entrando no quarto com Bernardo em seu colo.)

- Preciso ir mais cedo. – Ele disse se sentando na cama. – Antes precisamos conversar. – Ela se sentou na cama ao lado dele.
- Pode falar. – Ela o olhou.
- Ontem eu tive reunião com um produtor de... – Bernardo ficou inquieto querendo levantar, Arthur o deixou de pé encostado em seu ombro. – São Francisco. Ele vai abrir... – Bernardo se mexeu colocando a mão na boca do pai. Lua riu.
- Me passa ele aqui. – Ela pegou. – Papai quer falar, vamos ficar quietinhos ouvindo? – Falou pro filho que deitou a cabeça no peito dela e olhou o pai. Arthur reparou naqueles olhos o observando, Os olhos de Bernardo eram idênticos com os de Lua e ambos expressavam a mesma coisa, e tinha a mesma atenção.
- Ele quer que eu vire seu sócio e cuide da produtora que ele vai abrir em Los Angeles.
- Los Angeles?
- Isso significa crescer nos negócios. – Olhou para o seu quarto buscando as palavras. – E muitas vezes para crescer em algo devemos deixar algumas coisas para trás. – Eu não quero deixar coisas para trás, mas eu quero crescer. Isso é egoísmo? Isso é errado? Eu queria poder ter uma escolha agora, mas é difícil quando se tem tantas pessoas envolvidas. Eu estou confuso, eu não deveria estar confuso, mas meu pensamento segue em direção contraria do que eu acho certo. É como se tivesse algo me incomodando muito, como se eu estivesse completamente errado em escolher sozinho. É tão difícil, tão difícil. Eu amo você, eu amo vocês!
- Se você nos ama, por que esta tão confuso? – O olhou. – Você não deveria estar confuso. – Ele a olhou vendo decepção em seus olhos. – Você não esta agindo como aquele que eu conheço. Quem é você? O que você quer?


Continua...

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