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sábado, 24 de janeiro de 2015

Cap 1 "The End²"


Capitulo Um

     Abriu os olhos assim que ouviu o barulho das chaves indo de encontro a fechadura da cela.

- Aguiar! – O policial chamou, Arthur se colocou de pé e estendeu as mãos. Foi guiado para fora daquele corredor com todos aqueles homens o observando. Entrou na pequena sala e se sentou na cadeira, em sua frente estava Guinevere, Srta. Guinevere.
- Bom dia Arthur. – Ela escrevia algo em seu caderno. – Será que hoje terei sua colaboração finalmente?
- Eu não quero falar sobre o acontecido.
- Já se passaram anos, você precisa falar que pelo menos esta arrependido.
- Eu não quero falar sobre o acontecido. – A mulher suspirou, ele era difícil.
- Você matou uma garota Arthur! Você não acha que a família dela deveria saber os seus motivos?
- Não havia motivos.
- Então por que a matou? – Ele ficou em silencio. – Você tirou a vida de uma menina jovem. Hoje ela estaria completando seus 21 anos. – Arthur então fez as contas, Daqui dois dias faria 6 anos que ela havia esbarrado nele naquele corredor. Um menino havia pegado seu caderno e ela corria atrás dele, Arthur só percebeu a menina próxima demais quando ela foi de encontro com o peito dele, ele só teve uma reação, ser grosso, como era com todos. Mas o que havia acontecido quando ele a olhou? Simplesmente se virou e foi embora sentindo todo seu corpo gelar, ela tinha algo que o chamava, algo assustador que o ameaçava. Ela era perigosa, ele sabia que se a olhasse de novo, ela conseguiria ser a pior inimiga, de si mesma. Então o seu plano era, se a olhasse, que fosse como uma inimiga, a presa perfeita para divertir suas noites mais obscuras.
- Terminou? – Arthur perguntou.
- Tenta colaborar Arthur. Por favor! – Guinevere falou.
- Eu só posso dizer que sinto muito. – Ele disse e se levantou.
- Só? – Perguntou enquanto ele andava até a porta. Ele parou, porem continuou de costas para a mulher. Abaixou a cabeça fechando os olhos, sentindo-os arder.
- Nada que eu diga vai fazê-la voltar, não é mesmo? – Ele abriu os olhos derramando uma lagrima e saiu da sala.

...

   Arthur ouviu o sinal. Enquanto a maioria ia para o pátio tomar sol, ele ia para a biblioteca. Chegando lá pegou com a estagiária um lápis e um caderno. Nos quase 5 anos que ele ficou ali, havia começado a escrever, sobre tudo que havia acontecido. Ele se lembrava de todos os dias depois daquele esbarrão, cada minuto que ele observava aquele rosto.
   Era um castigo pensar tanto nela, era quase impossível não se arrepender de tudo, desde aquele dia em que a machucou fisicamente e psicologicamente, ele já havia a matado muito antes daquela faca, sabia disso. Havia tirado a vida dela a partir do momento em que sentiu o álcool descer queimando em sua garganta e logo depois ela em seu sofá. Ia se arrepender pelo resto da sua vida, que preferia passar ali sofrendo todas as consequências, do que livremente. Ele lembrava bem do dia do julgamento, os pais de Lua chorando, e Isabella estava tão magra e seus olhos tão caídos que ele tinha certeza que ela havia entrado na depressão, ela foi fria em todo o julgamento, não derramou uma lagrima, apenas o olhava com ódio nos olhos. Quando ele foi sentenciado com 30 anos de prisão ele sabia que dali não sairia nunca mais, não vivo. Mas a sentença, de acordo com o advogado de Arthur, foi baixa, pelo tanto de gente que ele havia assassinado.
   Tocou o sinal de recolher segundos depois de Arthur terminar de escrever. Faltava pouco para ele terminar, devolveu o caderno vendo a mulher guardar e foi pra sua cela, onde o policial o trancou. Ele se deitou no fino coxão e suspirou, aquilo ali era calmo, e assustador.

...

   No dia seguinte ele acordou cedo com o sinal, foi tomar seu café e depois pro pátio tomar sol. Estava quieto enquanto via todos aqueles caras em sua volta, uns discutiam, outros conversavam, Arthur não ousou falar com nenhum. Ele sempre ficou na dele, não queria confusão, porém havia um cara, que sempre o encarava, o que deixava Arthur desconfortável. Um guarda o chamou e ele foi levado novamente para aquela sala onde encontrou a Srta. Guinevere.

- Espero que esteja pronto para me contar. – Ele apenas ficou em silencio. – Não faça isso com você mesmo Arthur, eu estou tentando te ajudar a não ficar louco com tanta coisa que esta acontecendo. – Ele não se permitia falar. – Vamos Arthur! Conte-me o porquê de tudo isso? Você matou aquelas pessoas. - A mulher falava. O menino estava mudo em sua frente. – Você já esta preso. Então não tem o porquê de esconder isso.
- Primeiro quem te mandou? – Ele perguntou finalmente.
- Alguma pessoa maluca que se importa com você. – A Srta. Guinevere disse.  – Vai me contar por que fez aquilo com a menina?
- Eu não sei. – Olhou a mulher. – Ela era uma ameaça.
- Mais por que se entregou então se já havia acabado com a ameaça.
- Ela sabia de meus pais.
- O que tem seus pais?
- Eu os assassinei. – Ele disse sem demonstrar algum sentimento se quer. – Dois tiros, álcool e fogo.
- Por que fez isso? Você só tinha doze anos! Eles te amavam.
- Não. Eles me machucavam. – A mulher se ajeitou na cadeira.
- Então continue.
- Drogas. – Suspirou. – Eles usavam drogas. Eu estudava em um colégio um pouco longe de casa, chegava sempre no horário em ponto. Mais quando me atrasava eu já sabia o que me esperava em casa. Pessoas frias e egoístas. Sem nem ao menos um pouco de amor no coração. Então por que eu tinha que ter? Com seis anos eu vi meu irmão de três morrer afogado. Sentia-me culpado por não ter pulado naquela merda de piscina e o salvado. Mais eu só era uma criança. Meus pais nunca entenderam isso, tudo era eu, o erro era meu, o problema era meu. Pessoas que nunca iriam se importar com o mundo a fora, nem com a dor que causava a todos. Não era cinta, chinelo nem cabo de vassoura, era ferro. Aquilo não machucava só o físico, atingia o emocional. Oras, se eles podiam por que eu não podia? E já estava cansado, e quer saber? Que se foda, nunca ninguém fez nada pra me defender. Nunca ninguém fez nada por mim. Então foi assim, raiva e rancor. Eu peguei a arma e dois tiro, um em cada um, mirado na cabeça. Era noite, eles estavam dormindo, joguei álcool pelo quarto e taquei fogo. Eu já tinha doze anos, eu tinha que aprender a me defender, e o que a sociedade fez? Julgou, me chamaram de assassino a sangue frio. E eu? Eles sabiam a minha parte da história? Mais se as pessoas podiam não se importar comigo por que raios eu tinha que me importar com elas. E então foi assim. Com 16 sai da casa de menores, e liguei um foda-se a todos em minha volta. E quem entrasse no meu caminho que a família preparasse um enterro.
- Já faz cinco anos que esta aqui. – A mulher disse. – Seu advogado esta tentando te tirar por bom comportamento.
- Sair para que? Para ser linchado na primeira esquina?
- Não, sair para tentar pedir perdão a aqueles que você mais machucou.
- Se eu sair daqui, eu não sei se vão me dar a chance de pedir perdão.

 O sinal tocou e ele saiu enquanto a mulher o seguia com o olhar. Ela estava preocupada com o paciente, ele poderia ficar louco guardando toda sua culpa. Logo que ela saiu dali foi para a casa de quem havia a contratado.

- Oi Srta. Guinevere. – A menina a atendeu sorridente.
- Olá Isabella.


Continua...

15 comentários:

  1. Aaaa ela morreu mesmo? Ou não... Aa ela tem q tá viva!! Continuaaa

    (Julia Silva)

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  2. Lua tem que estar viva, assim ficaria mais interessante quando ele for solto da cadeia... posta mais

    (Fer)

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  3. Continuaaa
    Ela tá morta mesmo? Diz que nãooo

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  4. Ela morreu mesmo?? Ela tem que ta viva
    Continuaaa

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  5. Ela morreu ou não?! Sério, tô confusa kkkkkk
    Posta mais ❤

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  6. Não sei porque mas me parece que a Isabella está muito preocupada com Arthur, será que ela "gosta" dele?
    A Lua tem que estar viva, e qnd o Arthur for libertado, encontrar com ela na rua, e pensar que está louco, e ela fugir dele (viajei um pouco kkkk, mas seria ótimo se isso acontecesse)

    M. F

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  7. Faz q ela ta viva!! A lu n pd te morrido :((

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  8. Continua venho aq td dia ver se vc postou!

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  9. Caraca pk demora tanto pra postar:(
    É a minha web favorita sou fã
    Só espero q vc n tenha desistido, ficaria mt mt mt triste

    (Fer)

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  10. aaa posta ++ pf to quase rancando o cabelo d tanta coriosidade kkkkzuzu
    ass:taciane

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