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domingo, 23 de novembro de 2014

Capítulo Único - "Somente Sua"

Lua estava em uma boate com as amigas. Estavam comemorando a volta do irmão de Sophia. O mesmo estava a um mês se jogando pra cima dela, porém a mesma não admite que o quer.

 - Você não vai fazer isso! - Mel exclamou gargalhando.
- Quero conhecer pessoas novas. - Disse olhando para a placa "coloque sua mão aqui. Espere um desconhecido colocar a dele ao lado. Só saíam quando não forem mais desconhecidos." 
- para de ser doida. - Sophia disse. - Vai que aparece um menino ridículo lá.
- Ai Soph. Eu só quero amigos, não precisa ser bonito para isso. Eu vou!

 Lua se aproximou da placa e colocou sua mão no lugar indicado. Sophia e mel a observaram enquanto ela observava 6 meninos se aproximando, riu baixo e olhou o menino que estava mais próximo, ele até que parecia legal. Quando ele ia colocar a mão, outro colocou aparecendo do nada, o garoto assustado se afastou e Lua olhou aqueles olhos castanhos a fitando, ele tinha um sorriso sapeca nos lábios e ela revirou os olhos. As meninas apenas observavam de longe a cena, Sophia segurava o riso, o irmão não perdia uma.

- Sai Aguiar!
- Não posso. - Olhou para as regras.
- Já somos conhecidos seu idiota.
- Nós sim. Nossas bocas não. - Ela ia retrucar quando o garoto com a mão livre a puxou pela cintura a beijando. Sophia gargalhou e mel tampou a boca com as mãos totalmente surpresa. Lua o empurrou.
- Seu idiota. - Deu um tapa no braço que a segurava pela cintura. Ele gargalhou e ela saiu do local vermelha, andou até as amigas que até então gargalhavam junto. - Não falem nada.
- Oh amiga. Eu avisei. - Mel disse parando de rir. 
- Luh, você devia se render logo menina. - Sophia disse colocando sua mão no ombro da amiga a confortando. - Eu adoraria ser sua cunhadinha. - Lua resmungou e Sophia voltou a gargalhar. 

***

- Luh! - mel chamou a amiga que estava no bar com uma latinha de refrigerante na mão. - Está tudo bem? 
- uhum.
- Não queríamos te magoar amiga. Mas você sabia que não ia dar certo entrar naquela brincadeira. Soph foi conversar com o thur, pedir pra ele parar. 
- Okay!
- Pare com essas respostas curta por favor. Vamos dançar.
- Não quero dançar melzinha, acho que vou embora, não estou me sentindo bem. 
- Espere que eu e a Sophia já vamos também.
- Não quero estragar a festa de vocês. Podem ficar que eu ligo pro meu pai.
- Tem certeza?
- Sim. 
- Amanhã nos vemos na casa da soph? 
- Pode ser! - Pegou sua bolsa, deu um beijo no rosto da amiga e saiu. Logo Sophia chegou.
- Cade ela?
- Foi embora, não estava bem. E o que o Thur disse?
- Ele prometeu que ia maneirar.

...

 Lua tentava ligar pro pai, mas o celular não dava sinal. A porta da boate se abriu saindo um grupo de bêbados, ela suspirou e os observou. E então entre eles ela viu Arthur, ele estava com uma menina, não exatamente porque não se encostavam, ele seguiu pro carro dele e ela o seguiu. Lua apenas observou ela entrando e ele abrindo sua própria porta, até a ver. Ela virou o rosto e discou o número de seu pai novamente, dessa vez começou a chamar e ela Sorriu aliviada. 

- Lua? - Ela se assustou e deixou o celular cair.
- merda. - Ela apanhou o celular e viu o mesmo sem sinal novamente. Olhou arthur. - O que é? - Foi grossa.
- Vai embora?
- Vou.
- Também estou indo...
- Acho que não. - olhou a loira no carro dele e o mesmo revirou os olhos.
- Quer que eu te leve?
- Não Aguiar. Vai lá. 
- Para de graça Blanco. Vamos logo, não vou te deixar aqui.

 A menina observou ele andando até o carro e bufou, não tinha opção. O seguiu e entrou no banco de trás emburrada, pelo espelho viu a loira revirar os olhos e resmungar algo. Ela se sentiu desconfortável, se remexeu no banco afundando no mesmo enquanto sentia o carro andar. Passou uns minutos, que pra lua parecia horas. Ela sentiu o carro parar, porém aquela não era sua casa. 

- Essa não é minha casa Aguiar. - Falou emburrada.
- É da Camille. - Arthur disse enquanto a loira o olhava.
- Poderia ter levado ela primeiro. - Lua revirou os olhos e soltou um riso de deboche. 
- É só uma carona Camille. Não disse que queria pegar teu corpo rodado. - Lua engasgou com o riso e a menina saiu do carro batendo a porta. - Meu carro caralho. - Lua seguiu a loira  com o olhar indo pra porta de casa, prendia o riso. - pode rir Blanco. - Ela revirou os olhos voltando a ficar séria. - Você revirou os olhos umas 10 vezes durando o trajeto até aqui. - Lua corou por ele estar a observando. - E corou duas vezes por minha causa apenas hoje. - A menina se afundou mais no banco de vergonha e ele riu dando partida no carro. 

***

 Lua abriu os olhos e a escuridão do seu quarto a fez ter sono novamente. Porém se levantou espreguiçando e abriu as cortinas deixando o sol entrar. Olhou no relógio que marcava 10:47 e começou a se arrumar para o almoço na casa de Sophia. Colocou um shorts com detalhes vermelhos e uma blusinha preta básica, calçou um chinelo com estampa da miney, e desceu para a sala onde encontrou seus pais.

- Bom dia querida. - Sra. Blanco sorriu para a filha.
- Bom dia mamãe, papai!
- Como foi a festa ontem? - O Sr. Blanco perguntou fechando o jornal que lia. 
- Bem Papai. 
- Quem lhe trouxe? - Perguntou se levantando. 
- O Thur. - Respondeu e sua mãe Sorriu.
- Oh filha. Ele também foi na festa?
- Sim mamãe. Não estava me sentindo bem e ele me trouxe para casa. 
- Ele é um amor. - Lua sabia da paixão dos Pais de Lua por Arthur, e o sonho de um dia juntarem as famílias.
- Vou comer algo para irmos na casa dos Abrahão. - Ela foi para a cozinha.

***

- Luh! - Sophia havia ligado. - Pode me emprestar seu Home theater? O meu não quer pegar.
- Empresto soph.
- Thur vai ir buscar, ai você aproveita e vem com ele. - Silêncio. - Mando a Amanda junto.
- Okay. - Suspirou aliviada e pôde ouvir a risada de Sophia.
- Bye amiga.

***

Lua havia separado o som e esperava no seu quarto.

***

- Entre Arthur. - Sra. Blanco o atendeu sorrindo. 
- Oi tia. - ele entrou.
- Como está querido?
- Bem. - Uma pequena menina surgiu de trás de Arthur, com duas trancinhas é um vestidinho roxo, o sapatinho com uma florzinha era rosa.
- Amanda amorzinho. - Sra. Blanco sorriu mais ainda se abaixando e abraçando a menina. - Como cresceu nesse último mês querida. 
- Thur disse que eu estou quase uma mocinha. - A menina de 5 anos falou e Sra. Blanco riu. 
- E está. Quer ir chamar Lua? - A menina assentiu e subiu as escadas. - Como foi o colégio Arthur? 
- Bem. Só é ruim ficar longe da família.
- Mas passou rápido. Colégio interno realmente é algo que eu não gostaria. - Sorriu. - Mas agora você entrou na faculdade querido. Cursando arquitetura, coisa que você queria desde pequeno.
- É. - Sorriu.
- O primeiro a entrar na faculdade. Lua só daqui dois anos. Mas ela está certa de que quer fazer pedagogia. 
- Ela sempre gostou de ensinar.
- Desde pequena muito sapeca. - Ouviram barulho na escada. - Falando dela. - Sorriu.
- Ta lá no meu quarto. - Lua falou a Arthur. 
- Vou pegar. - Subiu. 
- Mãe vou ir com o Arthur. Soph pediu.
- Tudo bem. 
- Vamos? - Arthur desceu.
- Vamos! 
- Até daqui a pouco crianças. 

Eles saíram. Lua sentou no banco da frente enquanto Arthur prendia Amanda na cadeira no banco de trás.  Logo ele entrou no carro e seguiram pra casa de Arthur.

***

- Lua querida. - Sra. Aguiar a abraçou. 
- Oi Tia. 
- Fique a vontade meu amor. Seus pais estão vindo?
- Sim, daqui a pouco estão aqui.
- Tudo bem. Arthur, a leve se trocar. - Disse sorrindo ao filho. 
- Sim mãe. - Lua o seguiu pro andar de cima. Estavam no corredor vazio, quando ele abriu uma porta e parou a olhando viu sua expressao estranha. - O que foi Blanco? 
- Você. - Ela disse. - todo estranho. - Disse dando de ombros e entrando no banheiro. 

***

- Arthur falou que não vai mais te encher o saco. - Sophia explicava. - Acho que ele cansou. 
- É. Bem que ele estava normal d+. 
- Mas amiga. Me conte, o beijo ontem... - Mel tentava puxar assunto.
- O que tem?
- você gostou? 
- Foi um beijo normal Melzinha.
- Ah luh. Ele te pegou de um jeito que até eu senti. - Sophia gargalhou.
- Vocês estão falado do meu irmão. - Lembrou. 
- Ai soph. Por favor. - Mel deu língua. 
- Mas eu sempre sonhei em ter a Luh como cunhada.
- Ai soph...
- Meus pais também, e os seus também. Desde o dia em que encontraram uma cartinha sua pro Arthur. - Lua corou.
- Eu tinha 11 anos.
- E agora com 16 eles já têm o casamento de vocês planejado. - Sophia falou e mel gargalhou. - E não negue luh. Você gosta do Thur, só faz pose de que o acha irritante. Mas super sabe que ele faz de tudo pra você desde quando nos conhecemos com 10 anos. 
- Ele sempre fez de tudo por nós três soph. - Lua disse.
- Não do modo como ele faz por você. - Mel falou pegando sua mão. - Lembra quando ele te abraça quando você estava com medo? Ou então quando você caia ele ia todo preocupado e beijava o lugar falando q ia sarar? Ele sempre foi muito fofo...
- Até virar um pegador sem vergonha. - Lua disse mordendo os lábios.
- Faz sentido. - Soph disse.
- E desde que ele voltou a um mês, ele não parava de tentar me agarrar, e eu não gosto disso. 
- Ai hoje ele ficou a manhã sem te tocar e você está ai toda caidinha. - Mel disse e Lua corou. - Viu. No fundo você gosta. - Parou de falar quando Arthur apareceu.
- Vamos entrar na piscina meninas? - Chamou.
- Vamos. - Sophia disse sendo seguida por Mel. as duas pularam juntas e Lua continuou sentada. 
- Vamos Lua?
- Não quero. 
- Okay! - Ele entrou e Lua ficou apenas olhando.

***

- Lua acordou na espreguiçadeira com barulho na piscina. Olhou e os três ainda brincavam. Seus pais e os Aguiars estavam na varanda da casa apenas observando enquanto conversavam. Lua viu Amanda com Mel e Sophia tirava foto. Olhou Arthur que havia acabado de mergulhar e viu suas costas vermelhas. Suspirou.

- Amandinha passou protetor? - Lua perguntou e Mel fez que sim. Arthur apareceu e passou a mão no cabelo tirando a agua. - Arthur vem passar protetor. - Ela falou em fim. 
- Você está vermelho. - Sophia Notou. - Sardinha. - Riu vendo o irmão sair da piscina. 
- Branquela chata. - Pegou a toalha e se secou. Empurrou de leve a perna da lua pro lado e se sentou. Ela o olhou.
- O que foi? 
- Você chamou. Nada mais justo que passar pra mim. - Ela revirou os olhos. - Um... - Ela deu um tapa no braço vermelho dele e ele gemeu de dor.
- Folgado. - Colocou protetor nas mãos e passou pelas costas dele. Lua observou seu pai de longe vindo com a câmera.
- Vamos tirar fotos crianças. - Falou enquanto batia uma de Mel e Amanda. O pai amava a profissão. Lua Sorriu vendo as meninas fazendo macaquices para a foto e perdeu a noção do tempo. Não viu quando o protetor já tinha saído por completo de sua mão. Quando olhou as costas do menino que se tocou. Quando um flash bateu nela e ela olhou o pai que tirava foto de Arthur e consequentemente dela. - Filha da um sorriso ao menos. 
- Você me pegou desprevinida Papai. - Falou sem graça. Arthur se virou.
- Passa no meu rosto para mim? - Lua suspirou pegando mais protetor. - Não deixa branco.
- Okay. - Começou a passar.
- Nem me faça engolir protetor. - Ela riu e um flash cegou seus olhos. - Papai. - O olhou.
- Você Sorriu querida. Não podia perder a foto. - saiu dali indo tirar foto  dos outros na sacada. Ela terminou de passar protetor no rosto de Arthur. 
- Desculpa por ontem. - Ele pediu. 
- Esquece. 
- Eu peguei pesado.
- Você sempre pega pesado Aguiar.
- ah, nem sempre. Sou um ser muito educado.
- MUITOOO educado. - Foi irônica e ele riu. - "Foi só uma carona..." 
- Ah mas ela mereceu. - Ele falou. - Guria assanhada.
- Como se você não gostasse.
- Se eu gostasse Blanco, eu teria te deixado no meio da rua.
- Podia ter voltado lá. E eu não pedi carona. E você riscou a tela do meu celular.
- Pequeno detalhe. - Se levantou. -Vai entrar agora?
- Não quero pegar sol.
- Branquela.
- Só não quero me queimar. 
- Eu quero. Então, quando parar com frescura entra lá. - Pulou na piscina. 

 Lua foi pegar um copo de suco, quando passou pelos seus pais ouviu "eles são tão perfeitos juntos. Imagine nossos netinhos?" Foi pra cozinha corada.

***

 A semana passou rápida. Já era mais um fim de semana. Como era os últimos dias de férias resolveram fazer uma festa na casa de Lua, seus pais iriam ir jantar fora. Estava alguns amigos, poucos pois ia ser uma festinha fechada. Lua esperava Sophia e Arthur. Até que os dois chegaram.

- Ah. Só de pensar que as férias estão acabando. - Sophia reclamou. 
- pois é. Parece que foi tão curta.
- Parem de reclamar. - Arthur disse. - estão ainda no segundo ano.
- Infelizmente. - Sophia resmungou. O celular de Arthur tocou e ele saiu de perto. - Ele e essas ligações. Parece ser uma menina.
- Hum... Vamos entrar.

(foram pro quintal...)

(Lua não ouvia muita coisa do que as meninas comentavam. Pensava apenas em Arthur. Essa semana tinha sido péssima pra ela. Suspirou. E agora ele tinha desistido, e realmente fazia falta ele a irritando. Lua nem reparou quando as meninas saíram sobrando apenas Sophia.)

- Luh... - Lua a olhou. - Você sabe que eu só aceito você. - Sorriu. 

(Lua Sorriu e entrou em sua casa. Estava indo pra cozinha quando ouviu Arthur no telefone.)

- Ai cara, estou em uma social na casa da Lua. Não posso ir. - ... - Eu dei um tempo. Estava a chateado e ela estava me chateando com as reações. - ... - Não é isso. E é claro que eu nunca faria isso pra ela. Você sabe que gosto mesmo dela. - ... - Tudo está ao meu favor, menos ela. - Riu. - Ela está resistindo. Os pais dela me amam e nem isso ajuda. - ... - Sim. Espero.

(Lua saiu dali e foi pra cozinha. Mordeu os lábios. Se Sophia disse que tinha menina se comunicando sempre com ele então tinha que tomar cuidado. Muito cuidado. Estava voltando e esbarrou com ele.)

- perdido?
- Não, estava no celular.
- Vamos lá fora. - O puxou pela mão. - Quero te apresentar para uns amigos. - Sorriu.

***

 Quase todos diziam "Sophia comentava muito de você..." Arthur se divertia enquanto lua o puxava pra todo lado, até Mel apareceu e começou a puxá-lo para seus amigos.

- Luh, apresentar ele pra Claudia.
- Melho... - Lua ia dizer mais mel já havia puxado o menino. Lua correu atrás. Claudia não....
- Claudia. - Mel chamou a menina que os olhou sorrindo. - Esse é o Arthur. - Gritou. Claudia Sorriu e correu até eles, Lua corou quando a menina abracou Arthur. 
- Caraca, Lua deve ter esquecido de acrescentar mais algumas coisas na descrição dele. - Sorriu e Arthur olhou Lua que havia abaixado a cabeça corada. 
- Arthur essa é Claudia. Filha da professora de lua. Melhores amigas. - Mel apresentou.
- só ouvi coisas boas sobre você. - completou Claudia. - Claro, Lua só falava de você em todas as vezes. - Riu. Lua já estava quase cavando um buraco. - Ela não exagerou ao dizer "perfeito." - piscou. Lua de vermelha ficou branca. Mel sorria de lado e Arthur riu.
- exagero dela. - Lua se virou e foi saindo devagar. 

***

Lua estava na sala sentada no sofá. Saiu da festa pois precisava ficar sozinha. Estava morrendo de vergonha de Arthur. Mas de fato Claudia só falou verdades...

***

 Mel havia saído e deixado Claudia e Arthur sozinhos. Eles conversavam animadamente, o menino estava adorando saber sobre o que Lua falava dele. Então o seu celular tocou e ele entrou para atender...

- Oi mariana. - ... - Ir na sua casa amanhã? - Pensou - Tenho que ver.

 Lua que estava sentada ouvia tudo, ele não viu a menina ali.

- eu sei. - ... - Eu realmente quero ir ai. Mas tenho que ver com meus pais. - ... - também estou...

 Lua suspirou e se levantou. Arthur a olhou. 

- Preciso desligar. Depois conversamos sobre isso. - Desligou e segurou o braço de Lua que ia saindo. - Claudia não parava de falar. Céus. Você realmente só a conhecesse a 9 meses?
- Sim. - Falou e ia saindo. 
- Lua. Ela não queria te envergonhar.
- Não estou envergonhada. - Respondeu se virando pra ele. - eu realmente não me importo com o que ela lhe contou.
- uow! Calma ai. - Ele segurou seu braço. - Está com raiva?
- Não. 
- Ah jura? Ela só me contou pois achou que você não se importaria. Ela não sabia que iria ficar brava.
- Eu não estou brava com isso Arthur.
- Então por que esta tão na defensiva?
- Não é nada.
- Luh. - Desceu sua mão, para a mão dela e segurou. - Está tudo bem mesmo?
- Não quero falar sobre isso. - Disse. 
- Eu não gosto quando você faz isso.
- ótimo. - Foi grossa e ia saindo. Ele a puxou e a abraçou. - Arthur. Me solta. - Ele não a soltava. - Arthur me solta agora.
- Não até parar com isso. 
- Para com isso. Você disse que ia me deixar. - Falou e ele a soltou. Mas quando ela pensou em sair ele segurou seu rosto com as duas mãos. Ela se Lembrou de quando ele fazia isso, ela sempre estava brigando com ele, e ele sempre a fazia olhar em seus olhos e pedia desculpas.
- Eu NUNCA vou te deixar. - Ela fungou e o abraçou. - Luh? - sentiu sua camiseta molhar. - Por que está chorando? - a abraçou mais apertado.
- eu não sei. - Ela respondeu e ele riu baixo. 
- Entendo. - Beijou sua testa.

***

Depois da cena patética de chorar na frente de Arthur e depois pedir para ficar sozinha, Lua estava no quarto. Os convidados haviam ido embora. Menos mel, Sophia e Arthur. Ela deixou os três na sala e foi deitar. Até Sophia entrar em seu quarto.

- Luluh. - Sentou na beira da cama. - Me conte o que está acontecendo.
- Nada soph.
- Thur disse que você chorou. - Lua fungou mordendo os lábios. - Me fala.
- Eu..... Não sei.
- Vai luh. - Pegou a mão da amiga.
- Arthur mentiu pra mim soph. - Abaixou a cabeça.
- Como assim?
- Ele mentiu dizendo que nunca ia me deixar. - Sua voz saiu afetada. - Ele mentiu olhando nos meus olhos. Ele nunca mentiu pra mim.
- Mas luh...
- Não soph..... Ele está brincando comigo. Crescemos juntos. Eu sei quando as pessoas mudam. Ele mudou.
- Não mudou luh. Ele gosta de você.
- Eu estou confusa. - Chorou. - Eu quero acreditar nisso soph. Mas e as ligações que ele tem com a tal garota? Ele fala sorrindo. Ele só quer me usar. 
- Não pense isso. Olha. Descansa Okay? Vou descer.
- Okay!

***

- Hey Luh. - Sophia a alcançou na hora da saída. - Primeiro dia de aula foi tedioso. 
- Pelo menos agora não vou ficar em casa fazendo nada. - Riu. 
- Layanne sumiu nas férias e hoje não veio ao colégio. - Sophia comentou. 
- Deve ter ido viajar.
- Saudades daquela menina.
- Amanhã talvez ela venha. - Sorriu.
- Vai apresentar o Arthur a ela também? - Sophia riu.
- Está doida? Já basta Mel ter o apresentado para a Claudia, imagina se apresentar à Lay. Ai eu morro de vergonha mesmo.
- Quem mandou saiu falando da sua paixonite pelo meu irmão pra elas.
- Eu não tenho paixonite por ele. Apenas comentava quando era necessário. 
- O seu necessário era sempre. - Riu.
- Ai soph. Você sabe que eu sentia falta do Arthur, ele era super legal com nós três~mel~ e quando ele foi pro colégio interno eu queixava a falta que sentia com elas, apenas isso.
- Claro. Entendi amiga. - Pai de Sophia chegou. - Vou indo, Thur deve estar esperando. Ele anda muito impaciente e sai pra caramba, mamãe disse que ele tá com namorada. Mas eu acho que não. 
- Tchau Soph. - Sorriu e Sophia entrou no carro.

***

 Lua estava deitada em sua cama, era sábado e pensava em tudo que estava acontecendo. Olhou para o relógio que marcava 15:37 da tarde. Seu celular Tocou.

- Lulu. - Mel parecia animada. - Estou no shopping. Estreiou o filme que queríamos. Já comprei os ingressos, se troque e venha.
- Mas mel eu...
- Sem essa. O Thur já está a caminho. - E desligou. Lua pulou da cama e se trocou. Desceu as escadas e a campainha tocou. 
- Vamos. - Saiu apressada.
- Oi pra você também. - Arthur falou à seguindo.
- Sem gracinhas.
- Sou o senhor das graças. Não posso ficar sem ela. - Falou enquanto entrava no carro.
- É sério Aguiar. - Colocou o cinto.
- Lindinha, eu posso dar pausas, sossego, mas você sabe que eu não aguento por muito tempo. - Sorriu a olhando.
- Percebo a partir do momento em que você vem me levar pro cinema e Mel me ligar avisando de um filme que não comentamos.
- Oh. Senhora sei de tudo. - Riu. - Eu só queria assistir um filme com você. 
- E eu só quero comer pipoca sem pagar nada. Então acelera ai. - Ele piscou pra ela e a menina bufou. 
- você andava muito calma esses dias. Devia ter imaginado. 
- Eu só vou parar quando você admitir que gosta de mim. - Falou enquanto prestava atenção na direção. - E que aceita Namorar comigo. 
- Sonha Arthur.
- Estou sonhando. - Sorriu. 

 Chegaram no cinema, Lua foi pra fila da pipoca enquanto Arthur pegava os ingressos. Quando estavam entrando na sala de cinema ele falou:

- Queria entender, sabia que Mel não estaria aqui é mesmo assim veio. - Ele a olhou e ela abaixou a cabeça.
- Só queria vir ao cinema oras. 

Ele Sorriu e ficou em silêncio. Era no tempo dela.

- Por que me pediu desculpas se ia continuar a me atormentar? - Perguntou baixo enquanto sentavam. 
- Te atormentar é uma coisa, a agarrar é outra. - riu. - Eu faria de novo, mas não acho que seria certo. - Piscou pra ela. - Mas quando quiser. Aproximou suas bocas sem encostá-las. - Você sabe que pode. 
 
 Ela se afastou e se mexeu na cadeira desconfortável. 

***

Lua passou o filme inteiro sem ao menos encostar ou olhar arthur. No fim do filme o menino suspirou cansado. Saíram em silêncio da sala de cinema. Arthur pensou em chamá-la pra ir na praça de alimentação mas a menina falou primeiro.

- Vou ficar por aqui. - Disse. - Minha amigas estão ali. tchau. - E saiu. Ele apenas observou ela se afastando e suspirou.

***

- Estou definitivamente cansado. - Arthur reclamou quando entrou em casa.
- O que houve? - Sophia perguntou.
- Ela simplesmente saiu do meu lado e disse que ia ficar com as amigas no shopping. Eu pensando em levar ela pra comer algo e ela sumiu. Nem ao menos disse obrigado. - Sophia riu.
- Ta boladinho. 
- Não. Não estou boladinho. Estou desistindo. - Disse e bufou subindo pro seu quarto. Sophia mordeu os lábios suspirando. Teria ela mesmo que dar um jeito.

***

- Uhul colégio. - Sophia entrou no pátio animada olhando pra Lua.
- Quanta felicidade.
- Deixa disso Lua. Se mel estudasse aqui ela também estaria animada.
- Vocês e a animação de estudar. Ai no sábado me fazem ir ao cinema com o Arthur e depois querem que eu esteja feliz.
- Não se preocupe. Ele chegou em casa falando que cansou de tentar algo e você não dar a mínima. - Lua engoliu o seco. - Você foi dura com ele Luh. Ele gosta de você. 
- Papo furado.
- Ele ficou em casa a noite inteira. Ele estava tão ridiculamente chateado, que ontem saiu com uma menina que faz artes na faculdade onde ele estuda. Não me pergunte se rolou algo, apenas sei que pelo menos ela o animou um pouco depois de você ter sido tão indiferente com o que ele queria. 
- Ele estava....
- Estava nada Luh. Sábado sei que ele não forçou nada. Tudo bem que aquele dia ele a beijou, mas você seria hipócrita se falasse que não gostou. Ele lhe pediu desculpas e te deu um tempo pra pensar. Mas você demorou, só sei que você está perdendo ele. E saiba luh, que Arthur nunca mentiu pra você, você está tão cega com tudo que está acontecendo, que tudo é um motivo pra você não aceitar que os dois se amam.

 Disse e saiu dali deixando Lua pensativa. O que estava fazendo? Era Arthur e não um menino qualquer, viveu anos com ele, ele sempre foi tão encantador aos olhos dela. Talvez Sophia estava certa.

***

- Arthur pode vim apresentar seu trabalho. - O professor o chamou na frente da turma. Ele foi e colocou no telão a primeira imagem. Explicava tudo corretamente seu projeto. Finalizou e todos aplaudiram, foi se sentar mais um barulho na porta o despertou, sua visão seguinte foi apenas de uma figura o beijando. O beijando na frente de uma sala de 80 Alunos.

 Lua o soltou e se afastou, quando olhou para trás observou tanta gente e se sentiu rídicula, saiu da sala correndo ouvindo passos atrás dela.

- Lua. - Arthur a chamava até ela parar de frente a saída. - céus o que aconteceu com você? - Ela o olhou.
- E-eu não sei. Eu apenas entrei lá e...
- Não isso. Olha sua situação. - Ela se olhou, estava com tinta espalhada por todo o corpo.
- Ah, isso. - O olhou. - Tive um pequeno problema com uma garota na sala de artes. - Ele a olhava confuso, mas logo sua expressão mudou e ele gargalhou. Novamente se sentiu uma ridículo. 
- Ai meu Deus. Você surpreende garota. - Ela abaixou a cabeça envergonhada. - Hey. - Levantou sua cabeça. - Não precisa ter vergonha.
- Fui tão infantil.
- Claro que não. É normal, eu também faria isso. - Sorriu.
- Eu te sujei - Apontou pra camiseta dele.
- Não tem nada. - Pegou sua mão. - Maluca. - Com a outra mão segurou seu rosto e acariciou sua bochecha. -O que aconteceu para vir aqui e deixar tudo de pernas pro ar? - Perguntou e ela respirou fundo.
- Quem é Mariana? - Arthur gargalhou.
- Minha doce Mariana. Sobrinha de 9 anos do Paulo, meu amigo. Ela me ama. - Gargalhou. Lua mordeu os lábios. - Aquele dia na festa primeiro paulo me ligou. Depois ela, queria que eu fosse na casa dela pra brincarmos. 
- Eu...
- Sophia te envenenou. Eu sei o que ela te falava, das ligações e saídas. Ela sabia que era pra ir a casa do paulo. 
- Sophia... 
- É. Todos estavam a nosso favor, menos você! 
- Thur... - Abaixou a cabeça novamente.
- O que houve? - a fez olhar para ele.
- Não me deixa por favor. - Ele Sorriu e a abraçou. Se afastou segurando em seu rosto e ela pôde olhar em seus olhos.
- Eu nunca vou te deixar Luh. Eu te amo! - Ela viu o brilho em seus olhos e suspirou. Ele beijou seus lábios e ela segurou em sua nuca.

 Ele era dela, agora tinha certeza.


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