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quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Cap 4-3 "A princesa Roubada"

Parte 3

Finalmente Thur julgou que Trojan já estaria se cansando e diminuiu a velocidade para um meio-galope.
“Isso foi esplêndido!”, Nicky exclamou. “Eu nunca tinha entendido antes que montar poderia ser como voar!”, o menino estava muito mais solto agora, respondendo aos movimentos do cavalo instintivamente. Com uma sela adequada, e algumas adaptações para sua perna fraca, Thur estava certo de que o menino poderia montar.
“Realmente é. Você disse que seu pai era um excelente cavaleiro”.
“Sim, o melhor cavaleiro de Z—meu país”.
Thur fez um movimento ao acaso. “E ele morreu em um acidente ao montar. Estava saltando uma cerca?”.
“Não, ele levou um tiro. Disseram que foi um acidente, mas não é verdade”.
Então ele estava morto, Thur pensou. “Não foi?”.
“Não. Estavam atrás dele e o pegaram. Agora eles estão atrás de mim”, o menino disse com tom sincero.
“Entendo. E isso foi há quanto tempo?”.
Nicky pensou por um momento. “Mais que um ano. Papai foi morto um mês antes do meu aniversário. Eu não tinha nem sete anos, então”.
“Entendo”. Thur ficou mudo durante algum tempo. A criança estava em perigo genuíno então. Ele devia desculpas a ela.
“E a sua mãe tem um nome diferente de mamãe?”.
Nicky riu. “Claro. Papai a chamava de Maria, mas vovô sempre a chamava de Lua”.
Thur montou os próximos poucos quilômetros sem pensar, o pensamento muito distante.
O nome dela era Lua. E ela era uma viúva. Há mais de um ano.
Eles entraram no arco do pátio e Thur diminuiu a velocidade de Trojan para um passeio.
“Podemos fazer isto de novo?”, Nicky implorou. “Galopar como o vento?”.
Thur sorriu amplamente. “Não agora, pequeno diabinho. Sua mãe iria me estrang—opa, ai vem ela!”.
A porta da cozinha se abriu com tudo e a mãe de Nicky veio voando através do pátio, completamente vestida e usando sapatos.
“Eu te levarei novamente mais tarde”. Ele ergueu o menino e o colocou no chão.
Nicky agarrou os braços dele. “Promete?”.
“Prometo”.
“Nicky, você está bem! Oh, graças a Deus, graças a Deus!”, a mãe o abraçou ferozmente. Thur desmontou de maneira vagarosa e soltou a mala de viagem.
Nicky sofreu no abraço da mãe por um momento, então se soltou. O rosto dividido em um sorriso, ele tagarelou, “mamãe, eu me diverti muito! O Sr. Aguiar me levou em Trojan—o nome do cavalo dele—ele é um animal magnífico, você não acha? Tão bom quanto qualquer um dos cavalos de papai, foi totalmente maravilhoso e eu não caí, nem uma vez, e nós fomos rápido, foi como montar o vento e eu nem sequer fiquei assustado porque o Sr. Aguiar me segurou na frente dele, ele é muito forte e um cavaleiro excelente, e oh, nós galopamos através do pântano tão rápido, mamãe, e—”
Ela o abraçou novamente, metade rindo, metade chorando. “Então você se divertiu, menino travesso, e pensar que eu estava tão preocupada. E olhe para você! Está coberto de lama!”.
“Sim, eu sei!”, os olhos do menino faiscavam em seu rosto sujo, como se a sujeira fosse quase tão divertida quanto o passeio, Thur pensou. E talvez fosse. Nicky tinha sido continuamente atado. Por boa razão, ele supunha, mesmo assim, devia ser difícil para um menino, não ser permitido agir como um menino.
“E ouvi dizer que você brigou com aquele menino!”.
Nicky pareceu de repente culpado, “sim, eu sei, mamãe, mas o Sr. Aguiar me disse que eu não estava errado em lutar para proteger nossa mala de viagem—”
“Como se eu me importasse com a mala—”
“Mamãe, devo ir ver como ele está. O Sr. Aguiar disse que ele estava bem, mas eu mesmo devo ir ver. Eu devo um pedido de desculpas. Sei que ele é um menino camponês pobre e muito sujo, mas—”, ele olhou para baixo, quase que orgulhosamente de seu estado imundo, e sorriu amplamente novamente. “Assim como eu—sujo desse jeito! E eu não me importo se alguém proibir porque—ele é meu amigo, mamãe”.
E com isto, ele saiu em sua corrida desajeitada, inclinado para um lado indo em direção à porta da cozinha, deixando a mãe de pé no meio do pátio, olhando fixamente para as costas dele com uma cara de surpresa tão grande que Thur acabou rindo alto.
Ela girou por causa do som. “Você!”, ela declarou com os magníficos olhos castanhos faiscando com raiva. “Como ousa rir? Você faz alguma ideia de como me senti? Alguma ideia de como fiquei quando achei que ele tinha sumido?”.
Thur deu a ela um apologético encolher de ombros. “Eu estava buscando sua mala para você”, ele disse ligeiramente, lentamente indo na direção dos estábulos. Como ele pretendia, ela o seguiu.
“Você devia ter me perguntado!”.
“Você teria me dado permissão para levá-lo?”.
“Claro que não! Por que eu confiaria minha criança a um perfeito estranho?”.
Os estábulos estavam quietos; Sr. Barrow tinha tirado o arreio de Trojan e o colocado na baia. Thur deu a ele um sinal sutil para que ele desaparecesse. Ele se foi, silenciosamente fechando a porta do estábulo atrás dele.
“E você sabe que ele tem horror a cavalos—”
“Ele não tem horror a cavalos. Ele tem horror a cair, coisa que fez muitas vezes no passado. Quando ele ficou seguro de que não cairia, se divertiu a valer”.
Ela olhava fixamente para ele, afrontada.
“Então você acha que eu sou perfeito, é?”, ele disse enquanto abria a porta de uma baia.
Ela pareceu confusa. “Por que você pensa isto?”.
“Você acabou de dizer que eu era”.
“Eu não disse!”.
“Você disse que eu era um perfeito estran—”
Ela estreitou os olhos para ele. “Eu quis dizer um completo estranho”, ela o corrigiu. “Uma pessoa completamente desconhecida, e certamente não uma pessoa a qual eu possa confiar o meu filho. E não seja impertinente quando eu estiver te repreendendo!”.
“Não, madame”. Thur murmurou. “Você fica muito bonita quando está contrariada, sabe”.
As narinas dela chamejaram encantadoramente enquanto ela dava uma bufada depreciativa.
“Aposto que você estava toda ansiosa e preocupada com todos os tipos de ideias repugnantes e agora que viu que Nicky está perfeitamente bem e feliz da silva, você está toda zangada e coisa do tipo. Então você me culpa”.
“Eu te culpo, sim! Porque a culpa é sua. Se você não o tivesse levado—”
“Sim, sim, minha culpa. Sabe, tenho a solução perfeita para o modo como você está se sentindo”, Thur disse a ela.
“Oh, tem é? E eu poderia saber qual é?”.
“Essa”. E antes que ela pudesse até mesmo tentar entender o que ele queria dizer, ele avançou. E a trouxe firmemente contra ele, os seios dela contra o peito dele.
Ela ofegou. A boca mais perfeita no mundo para se beijar. Um ‘O’ de surpresa e Arthur fez o que tinha planejado desde que tinha colocado os olhos sobre ela pela primeira vez.

Ele a beijou.

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