Capitulo Cinco
- Quantos anos? – A mulher
perguntava para o garoto. Depois de sentarem e conversarem, Arthur lhe contava
sobre a prisão.
- 5 anos. Era para ter sido
mais, porem me soltaram por bom comportamento. Na verdade eu não entendo, eu
matei uma garota.
- Dizem que houve mais casos.
- Quando eu sai daqui eu
procurei um emprego. Como não havia comecei a trabalhar por conta própria. Me
pagavam para fazer isso.
- Como você teve coragem? – A
mulher o repreendia.
- Eu não sei. Na minha cabeça
eles mereciam. Eram todos bandidos que já haviam feito mal a alguém.
- Querido, ninguém merece a
morte.
- Quando eu a matei, eu abri os
olhos para o que eu tinha me tornado. Eu tenho medo de voltar a ser aquela
pessoa.
- Se você a amava.
- Eu não a amava. – A mulher o
olhou confusa. – Eu passei a amar ao sonhar com ela todas as noites.
- Como tem tanta certeza?
- Eu prefiro pensar assim, do
que falar que ela foi amada por uma pessoa tão desprezível quanto aquele
Arthur. Eu não sou mais ele, ele não a amava.
- Você quer me contar como
aconteceu?
- O que?
- Como você a matou. – O garoto
olhou a senhora, que parecia o ouvir com toda a atenção. Em seu olhar não havia
nenhum julgamento, apenas compaixão.
- Eu estava a trabalho. Ela se
intrometeu e então pedi que ela fosse embora, pois no fundo não queria lhe
causar nenhum mal. Eu já havia a feito chorar de mais.
- Tem algo que você não contou
para a polícia?
- Na verdade, ninguém de fato
comentou que eu a perseguia a um tempo. Apenas que eu a matei porque havia
descoberto sobre meu trabalho. Não quis então contar a polícia dos momentos que
passamos juntos.
- Algo muito ruim?
- Na verdade não muitas, nada além
de ameaças. – Suspirou. – Mas teve um dia em que eu bebi. – Ele parou de falar
engolindo o seco.
- Não precisa me contar. –
Disse a mulher ao ver as lagrimas do garoto.
- Eu acordei em cima dela, ela
estava sem a calça. Aquele dia eu a machuquei, deixei a pior cicatriz que ela
poderia ter. Ela podia ter sumido depois daquele dia, mas ela continuou do meu
lado. Eu acho que é por isso que eu me entreguei naquele dia, quando eu a vi caída,
foi como se eu tivesse perdido a minha alma completamente. Eu acordei tarde
demais.
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“Ela
me chamou, eu olhei para ela e logo virei o rosto. Ela falava e insistia em
tentar ter um dialogo comigo, eu acho que isso é o que mais me dava medo, pois
mesmo com tudo, ela nunca desistia de mim. Eu a fiz entrar em minha casa, quando
a olhei sabia que não aguentaria a tratar com insignificância. Procurei aquilo
que me ajudaria a tomar meu senso mal educado de volta, descia queimando pela
minha garganta e eu gostava daquela sensação. Eu a via assustada e gostava
daquilo, eu já não estava no controle de nada, em meu corpo havia apenas o
álcool que circulava em meu sangue. Mas se realmente não fosse minha culpa eu
não me sentiria culpado, mas eu me sinto, por que foi MINHA culpa, eu não devia
ter bebido, eu não devia ser tão fraco. Eu estava completamente doido por ela,
eu confesso, eu precisava dela, mas tentei a conquistar do modo mais horrível
do mundo, a força, e a machucando. Quando eu acordei em cima dela não lembrava
exatamente do que havia acontecido, porém aos poucos tudo foi voltando, eu
então olhei a garota desmaiada em meu sofá, em seu rosto o lápis borrado e as
lagrimas secas em sua bochecha, eu me sentia um lixo, eu era tão desprezível
que não controlava meus atos. Eu era um monstro e nunca haveria perdão naquilo
que eu fiz. Ela havia pedido para eu parar, ela lutou, e eu não a ouvi. Eu
toquei suas mãos geladas e senti um enjoo enorme, um nojo de mim mesmo.
Acariciei seu rosto, eu havia a machucado, eu não sei o que acontecia comigo,
eu me sentia culpado, e eu chorei, chorei como nunca havia chorado antes, e
aquilo para mim não era um bom sinal.”
Ao final do trabalho comunitário, Arthur
seguiu para o hotel onde estava hospedado, ao chegar no quarto viu Isabella com
umas sacolas.
- Eu tenho um chave extra. –
Ela disse vendo a sua expressão confusa. – Comprei umas roupas e uns sapatos. –
Disse indo até a saída. – Estou procurando um lugar para você morar.
- Na minha casa havia roupas.
- Se você for para a sua casa
você será morto. – Disse o olhando. – Ninguém de lá quer ver a tua cara.
- Você disse que faz tempo e ninguém
lembra.
- Eu disse que a maioria não lembra.
Isso não inclui pessoas que amavam a Lua. Ela era amada Arthur, todos das vizinhança
adoravam a menina dos cachinhos loiros. Ela cresceu com aquelas pessoas. Se
você voltar lá você morre.
- E por que você se importa?
- Se quiser te dou uma carona
até lá. – Foi irônica. – Você é idiota? Estou pouco me importando com você.
Minha solidariedade tem um limite, então para de se comportar como um babaca e
deixa que eu pego suas coisas na sua casa. Me manda uma mensagem com a lista do
que quer. – Disse saindo.
- Mas eu...
-Tem um celular na sacola
menor. – Saiu fechando a porta.
Arthur olhou as sacolas e achou um celular
novo. Suspirou e entrou nos contatos onde havia apenas o de Isabella.
(...)
- Por que é tão difícil olhar
para ele? – Isabella perguntava olhando para o céu nublado. – Por que você faz
isso comigo Lua!? – Olhou seu anel. – Amigas para sempre? – Perguntou lembrando.
(...)
Bateram na porta, Isabella havia esquecido
algo? Mas ela tinha uma chave. Olhou pelo olho magico e andou para trás. Ficou
em silencio, não era possível. Como haviam o achado ali? Até havia esquecido
daqueles que ele entregou.
- ABRE A PORTA EU SEI QUE ESTA
AI.
Arthur pegou sua mochila e colocou o que pode
dentro. Jogou as sacolas pela janela, estava no segundo andar e não era tão
alto. Pulou, pegando-as e saindo correndo.
Continua...
Posta mais, ta muito legal
ResponderExcluirVocê precisa postar o próximo Cap urgente
ResponderExcluirVocê precisa postar o próximo Cap urgente
ResponderExcluirPF faz o próximo CP
ResponderExcluirPelo amor de Deus, posta mais!!
ResponderExcluirTo muito curiosa para saber como termina