Cap 8 "The End"

Capitulo Oito

 Abriu os olhos e se viu em uma casa diferente, aquela com certeza não era sua sala. Sentiu uma dor irritante no ventre então foi se lembrando de tudo que havia acontecido, olhou para os lados e não o viu, se levantou lutando contra a dor e vestiu sua calça, seguindo pra saída.

...

 Estava em baixo da agua morna do chuveiro, sentia-se um pouco zonza. Esfregou todo seu corpo se limpando daquela vergonha, quando saiu colocou sua roupa em uma sacola e jogaria no lixo, se deitou na cama e chorou. Ele havia avisado que era perigoso, por que ela havia se intrometido? Poderia ter poupado tudo isso, poderia ter se salvado de se apaixonar. Era isso, ele era o problema, está tão apaixonada que não consegue abrir a boca, não consegue ir a policia. Não tinha só medo o medo de ser assassinada, também havia o medo de nunca mais poder o ver.

...

 Se sentia envergonhada, jantava com sua mãe na sala de jantar. Deveria contar a ela, mais não, tudo a impedia disso.

- Entrei em seu quarto hoje. – Sra. Blanco comentou. – Vi todos aqueles desenhos colados na parede.

- É um menino do colégio.

- Esta gostando dele? – Lua deu de ombros. – Sabe que pode se abrir comigo.

- Ele é só um garoto que me chamou a atenção.

- Lua, esta tão afastada de mim filha.

- Claro que não mãe.

- Divide comigo o que anda acontecendo.

- Não esta acontecendo nada. Que saco mãe eu só quero espaço. – Lua se levantou e subiu pro seu quarto, estava odiando mentir para a mãe.

...

- Oi amiga! – Isa entrou em sua frente.

- Oi. – Foi fria.

- O que houve?

- Nada Isabella.

- Ih, TPM. – Isa sorriu.

- Me deixa.

- Ok. Qualquer coisinha nós estamos ali. – Apontou para as outras meninas. – E temos remédio para cólica. – Sorriu e saiu.

 Lua andou até um canto vazio e se sentou ali, precisava mesmo de um remédio, mais não para cólica. Era uma péssima ideia ter vindo ao colégio, porém ela veio, e para sua sorte não havia o visto ali. O sinal tocou e ela entrou na sala, passou todas em silêncio, na hora do intervalo resolveu ficar por ali. Sabia que todos a olhava estranho, sabia que estava parecendo morta. Ela podia sentir o mundo girando, porém se sentia parada no tempo, as cenas se repetiam em sua cabeça, e as marcas ainda estavam em seu corpo, a fazendo lembrar e a machucando mais. Não era um dia comum, nada pra ela parecia vivo, nada parecia belo como antes. Ele acabou com sua vida em míseros 2 minutos. Ela não ia aguentar, se olhar no espelho e ver a marca da humilhação em seus braços e coxas, olhar para todos e se sentir diferente. Ela sabia que poderia lhe trazer muitas consequências, que precisava ir ao medico. Mais ia esperar, até estar pronta para falar com sua mãe. Quando todas as aulas acabou ela permaneceu na sala.

- Blanco? – Lua olhou para aquele que estava em sua frente e sua vista embaçou.

- O que você quer comigo?

- Precisamos conversar sobre ontem.

- Não vou contar a ninguém. – O olhou, sabia que estava fazendo aquela mesma cara de derrotada. Desviou o olhar. – Nem sobre ontem nem sobre você ter assassinado o senhor Wesley.

- Olha pra mim Agora!

- Me deixe ir Arthur.

- Quero que cale sua boca.

- Por favor, eu sei que você não quer me machucar.

- Engano seu. Eu adoraria ter seu sangue sujo em minha camisa.

- Você não pode ser tão cruel.

- Se acha isso.

- Se fosse já teria me matado.

- Existe crueldade pior que deixar uma pessoa viver nesse inferno de mundo? Será que você ainda não entendeu? A morte não é nada comparada com a dor que as pessoas nos fazem ter. E eu? Estou te machucando Luinha? Você já me ama o suficiente para sentir seu coração ser esmagado com cada palavra que eu lhe digo?

- Você é o ser mais desprezível que eu já conheci.

- Mais você continua me amando.

 E ele tinha razão, isso era o fim para ela. Olhou em seus olhos e sentiu as lagrimas escorrendo, ele saiu da sala sem dizer mais nada. Ela sentiu-se fraca e então se apoiou a carteira, sentiu mãos em seu ombro, olhou para trás e viu Isabella, e o pavor em seus olhos.

- Me diga que não escutou. – Lua implorou chorando. A amiga apenas a abraçou apertado, era tudo que menos poderia acontecer.

Continua...