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quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Cap 8 "Ainda é cedo"


Capitulo 8 ANTI-PENÚLTIMO

- O que vamos fazer? – Lua e Arthur estavam sentados um de frente pro outro. A menina havia acordado ele e agora o fazia perguntas.
- Esperar.
- Esperar o que Arthur? A mãe da menina sumiu.
- Ela esta contando com a gente.
- Pare de dizer como se realmente acreditasse que ela tem uma mãe.
- Lua, para com isso.
- Se pegarem nós com uma criança órfã aqui dentro você sabe o que acontece.
- Nós vamos resolver isso.
- Agora você quer dizer? Ou vai querer dar uma de pai pra ela?
- Da pra parar com o seu ironismo comigo?
- Não estou sendo irônica.
- Não, imagina. Para pra pensar que ela é apena suma criança, ela não tem culpa esta bem?
- Eu não gosto de crianças e você sabe disso. Então por que querer colocar uma no nosso apartamento?
- Um dia você vai ter que parar com isso.
- Desculpa se eu não gosto ok? Eu não tenho culpa.
- Você me acordou para brigarmos é isso?
- Não vai ser o primeiro final de ano que é uma merda.

 Ela se levantou e foi ao banheiro, Arthur bufou e se levantou indo pro quarto de Natália encontrando a menina sentada na cama.

- Bom dia. – Ele desejou.
- Bom dia.

 Sem trocar mais nenhuma palavra ele a ajudou a ir pra sala, a deixou sentada e ligou a televisão, foi pra cozinha fazer o café. Lua chegou na sala e viu a menina sentada, se sentou ao lado.

- Oi.
- Oi. – A menina respondeu.
- Olha, eu sei que esse negocio de procurar sua mãe vai dar em nada. – A menina abaixou a cabeça. – Você esta é querendo ganhar tempo aqui.
- Desculpa.
- Então manda, o que aconteceu?
- A mataram. – Lagrimas escorreram pela sua bochecha. Um tiro, depois me jogaram aqui perto.
- Por que escondeu isso?
- Eu não quero ir pra um abrigo. Por favor, eles nunca gostam de mim.
- Não podemos ficar com você.
- Eu juro que eu vou me comportar, por favor. – Lua suspirou.
- Depois vamos conversar.  Desculpa, mais não da.

 Ficaram em silêncio, passou um tempo e elas só ouviam a televisão. Lua riu de alguma piada com a cor verde e Natália a olhou.

- Quer cor é minha blusa? – Lua a olhou estranhando.
- Rosa.
- É uma cor bonita?
- Não gosto de rosa, essa blusa ganhei e ficou guardada, nunca usei. Para mim é uma cor muito sem graça.
- Queria poder ver. Mais pra mim deve ser linda. Melhor que a escuridão que vejo.

 E novamente o silêncio tomou conta, agora só sendo quebrado quando Arthur aparece as chamando para tomar café.

...

- Ela não tem mãe. A mãe morreu. – Lua dizia. – Agora podemos ligar pro abrigo?
- Lua! – Chamou sua atenção. – Estamos chegando ao ano novo, não quero que ela passe lá.
- Então você esta mesmo querendo ficar com a menina?
- Só quero que deixe esse clima de fim de ano passar, ai nós veremos.
- Ou seja, mais tempo para me enrolar.
- Para com isso, céus como você esta chata.

 Lua largou o pano de prato e saiu da cozinha indo pro quarto. Arthur bufou terminando de lavar a louça. Assim que terminou foi pro quarto encontrando a menina jogada na cama com o celular na mão.

- Mel vamos por favor? – Arthur esperou. – É só um café, juro que não demoramos. – Um tempo e Lua sorriu. – Obrigada amiga! – Desligou o celular sorrindo.
- Vai sair?
- Vou. Preciso relaxar.
- Não vai voltar muito tarde?
- Não Arthur. – Pegou sua bolsa e ia saindo.
- Lua. – A chamou. – Volta aqui. – Segurou seu ombro. – Não fica assim comigo.
- Tudo bem. Faça o que você acha que é o certo.
- Não vai ficar brava?
- Arthur. – O olhou. – Isso é uma coisa que prefiro que você resolva. Não quero me meter, serio.
- Não demora pra voltar pra casa. – Acariciou seu rosto.
- Não demoro.
- Se você demorar vou começar a te ligar. – Ela sorriu fraco.

- Esta bem. – Saiu do quarto e Arthur suspirou.


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