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sábado, 31 de agosto de 2013

Cap 2-1 "A Princesa Roubada" + Aviso

Capítulo II.

A casa dele.
Quem tinha construído a casa gostava de luz, Lua pensou; a frente da casa era quase toda formada por janelas. Enquanto eles a circundavam, rumo aos estábulos, ela viu uma janela enorme subindo de uma baia octogonal quase até a altura inteira da parede. Não havia dúvidas de que ela seria inundada por raios de sol durante o dia.
Porém, ela era escura e quieta, com exceção de uma única lanterna que tinha sido deixada queimando na parte de trás. Pelo chuvisco glacial, o vislumbre dourado parecia receptivo e dando boas-vindas, mas eles passaram diretamente do arco para os estábulos.
Dentro dela havia apreensão e vazio. Ele os tinha trazido para a casa dele. Por quê? Todos os tipos de possibilidades protestaram em seu cérebro. Ela não conseguia pensar de maneira clara.
Era tão difícil decidir em quem ela poderia confiar ou não. Sabendo que a vida de seu filho dependia dos julgamentos e escolhas que ela fazia. Os julgamentos dela sobre homens até agora tinham sido uma desgraça.
Quando eles entraram, Arthur Aguiar parou o cavalo. “Nicky, dê-me sua mão e eu te descerei”.
Nicky desmontou e voou para longe do cavalo o mais depressa que pôde, tropeçando com a pressa.
“Ele não vai te machucar, prometo”. Ele se virou para Lua. “Vou desmontar primeiro e então te ajudar—”
Ela saltou, e como o filho, se atirou para uma distância segura. Thur começou a soltar o arreio do cavalo.
“Você mesmo vai fazer isto?”, ela exclamou.
“Não há nenhuma outra pessoa para fazer isto no momento. Barrow, meu cavalariço, está passando alguns dias em Poole com a Sra. Barrow. Não vou demorar”.
“Eu farei isto, Sr. Thur”, uma voz disse por detrás. Ele girou. Um homem de meia-idade foi apressado na direção deles, ele usava um camisão de dormir, calças curtas e botas com cadarços soltos. O cabelo escasso estava coberto por um gorro de flanela vermelho.
“Barrow! Eu pensei que você ficaria em Poole até o fim da semana”.
Barrow agitou a cabeça. “Mudei de ideia depois de alguns dias. São anáguas demais para mim! Um homem não pode respirar. Quatro mulheres em um chalé pequeno, e três delas viúvas!”, ele deu a Thur um olhar apavorado enquanto tomava as rédeas de suas mãos. “Não me olhe assim, Sr. Thur. Até que experimente, não saberá como é. Minha Bess é uma boa mulher, mas o rebuliço que a mãe e as irmãs dela fazem!”, ele estremeceu. “E cada maldito pedaço de mobília, toda cadeira, toda mesa, até o aparador, são cobertos com coisinhas de… crochê!”.
Ele agitou a cabeça. “Não, nós fizemos o que fomos fazer, botamos a conversa em dia com a mãe e as irmãs dela e contratamos alguns rapazes apropriados para o estábulo”. Ele acrescentou com um sorriso sinistro, “devo te advertir, Sr. Thur, que a Sra. B. tem planos de ajudar na casa, também, agora que você está em casa. Eu voltarei lá dentro de alguns dias para buscar todos eles. Vou precisar de uma carroça para ir. Você deveria estar lá para mantê-la sob controle”.
Ele olhou de relance para cima, para Lua, e piscou. “Não é qualquer homem que consegue manter a minha Bessie sob controle, mas o Sr. Thur—”
“Sr. Thur não sonharia nem de longe em tentar qualquer coisa”, Thur o interrompeu. “Eu tenho extremo respeito por ela”.
Barrow riu. “Extremo respeito pela comida dela, você quer dizer. E quem nós temos aqui? Convidados, é? Que noite terrível para ser recebido”. Ele sorriu para a dupla molhada.
“Sim, esta senhora e o filho dela, Nicky”, Thur disse a ele.
“A Sra. B. ficará contente”. Ele olhou para Nicky, e então—incrivelmente—piscou para Lua. “Tome cuidado com o menino, senhorita. Minha senhora adora por as mãos em meninos”.
Lua pôs o braço protetoramente ao redor de Nicky. Ela não iria deixar uma mulher estranha qualquer colocar as mãos em Nicky e nunca tinham piscado para ela, muito mesmo um cavalariço!
Rupert teria feito o homem ser açoitado.
Ela estava muito contente por Rupert não estar aqui. Ela ficava doente quando via pessoas serem açoitadas.
 O Sr. Barrow continuou, “eu cuidarei de Trojan, Sr. Thur, enquanto você leva os dois para o calor. Ela parece muito exausta, pobre pequena moça”.
A pobre pequena moça fechou a boca. Ela estava muito exausta. E isso estava tendo um efeito ruim sobre o temperamento dela. Ela estava a ponto de dar um tapa no nariz de um gentil idoso, apenas por ele ser familiar demais. Ela costumava ser cortês e até suave. Ela seria cortês e mesmo suave novamente, ela decidiu, assim que descobrisse quais pessoas eram essas e onde eles a tinham levado junto com o filho. E isso assim que ela parasse de estremecer.
Se ela estava se comportando como um musaranho, bem, é porque tinha havido uma provocação. Várias provocações. Ser jogada no mar gelado, ser atormentada, ser sequestrada, então ser forçada a montar um cavalo, coisas que não eram condizentes com sua graciosidade. Assim como seu medo constante.
“Sim, ela está exausta”, a sua atual provocação concordou. “Ela teve sérios problemas, temo. Molhada, fria, com a bagagem perdida, e ela se feriu durante a situação”.
“Eu não me machuquei!”, ela disse indignada. “Seu cavalo me chutou!”.
“O quê? Trojan? Nunca!”, o Sr. Barrow exclamou assombrado. “Ele é tão gentil quanto um filhotinho de cachorro, não é, minha beleza?”, ele sussurrou para o cavalo.
“Para ser justo com o cavalo, você se lançou sob os cascos dele”, Sr. Thur disse.
“Oh, sim, certamente vamos ser juntos com o cavalo!”, ela explicou para Barrow, “ele saltou com esta criatura horrível sobre a cabeça do meu filho. E eu desaprovei”.
“O Sr. Thur? Saltou com o cavalo sobre uma criança?”, Barrow exclamou com horror. “Eu não acredito nisto”.
Sr. Thur não disse nada. Um pequeno sorriso pairou ao redor de seus lábios e seus olhos descansaram sobre Lua com uma apreciação preguiçosa.
Lua puxou o cabelo para trás e evitou o olhar dele. O laço tinha sido desfeito e seu cabelo estava bagunçado em todos os lugares e formando mechas úmidas. Ela sabia que parecia uma assombração.
“Sr. Thur…você está sorrindo!”, o cavalariço exclamou como se isso fosse algo surpreendente.
O estômago de Lua escolheu esse momento para roncar ruidosamente. Ela tossiu para cobrir o som terrível.
O sorriso de Barrow se alargou. “Leve sua jovem senhora para dentro e alimente-a. Como você disse que era seu nome, senhorita?”.
“Prin—” Lua parou a tempo. “Pr—Prinny”, ela disse, sentindo seu rubor aprofundar e desejando que eles não notassem nada de errado. A fadiga a tinha feito se esquecer por um momento de quem era—ou melhor, quem fingia ser.
“Eu sou a Sra. Prinny, e esse é meu filho, Nicholas”.
Ela olhou de relance para Nicky, que tinha se agachado para afagar o cachorro. Em sua introdução ele se ergueu e fez uma reverência formal. Lua mordeu o lábio. Ela não devia ensinar ao filho a mentir e fingir com tal facilidade, mas ela não tinha escolha. Eles já tinham usado vários nomes diferentes durante a jornada. Essa foi a primeira vez que ela tinha deslizado e quase dito Princesa. Estava tão cansada.
E aquele homem a tinha distraído. Ela arremessou um olhar para o Sr. Thur para ver se ele tinha notado a pausa dela e o encontrou observando Nicky com uma leve franzida de cenho. Talvez ele não gostasse do filho dela acariciando o cachorro dele.
“Nicky”, ela disse tranquilamente e gesticulou para que ele deixasse o cachorro. Nicky se moveu para o lado. A puxada de perna dele estava pior do que o habitual; a subida do precipício além da longa jornada que tinham passado o tinha cansado demais.
“Como é a sua situação, madame”, Barrow disse. “Então, é uma viúva, não é?”.
Ela piscou. O hábito das pessoas comuns de fazerem perguntas diretas e pessoais ainda a chocava um pouco. Não era cortês fazer uma pergunta tão íntima a um estranho. Mas ela tinha a resposta pronta, de cor—ela tinha aprendido através de uma dura experiência a resposta que servia melhor para ela e Nicky.
“Não, claro que não. Meu marido está atrasado na estrada e está pouco atrás de nós”. Muito tarde ela percebeu que deveria ter dito que ele estava atrasado no mar. Ou algo próximo. Ela arremessou outro olhar para o Sr. Aguiar. Ele sabia que ela tinha vindo do mar. Ela mordeu o lábio e tentou parecer indiferente.
Ele olhou para ela abaixo, com um olhar estranho no rosto. “Eu acho, Sra. Prinny, que a senhora está quase no fim da linha”, ele disse suavemente. “Assim como seu filho. Vamos, vou levar os dois para o calor”.
Nicky deu dois passos cansados e, sem vacilar, o Sr. Aguiar o ergueu e carregou para fora do estábulo.
Ela o seguiu. “O que pensa que está fazendo?”.
“Ele está machucado. Você não viu que ele estava mancando? E muito, até”. Para Nicky ele disse, “não se preocupe, rapaz, veremos o que há com os seus pés”.
“Mas—” ela começou, e então parou. Nicky não fez nenhuma tentativa de resistir, o que não era muito comum. Ele devia estar realmente exausto.
“Prinny”, Arthur Aguiar disse enquanto eles cruzavam o pátio. “Nome interessante. Você é uma Quaker, não é?”.
“Não”.
Ele levou Nicky para uma ampla e aberta cozinha rural. Era um cômodo confortável, com panelas de cobre cintilando sob a luz da lamparina com cheiro de comida e ervas. Uma mesa de madeira enorme e limpa ficava no centro, com uma dúzia de cadeiras de espaldar alto cercando-a.
Uma mulher alta, rechonchuda e de meia-idade estava de pé à espera deles, um vestido sobre a camisola, um manto amarrado ao redor dos ombros e um avental acima de tudo isso. Sra. Barrow, Lua presumiu.
“’Tá uma noite terrível!”, ela disse. “Coloque o rapaz pequenino e a senhora perto do fogo, Sr. Thur. Há água quente no fogão. Vou arrumar uma cama no quarto azul”.
Apesar do tamanho do cômodo e do chão de pedra, era morno do lado de dentro. O fogo alto na cozinha de ferro fundido ardia através da grelha.
“Aqui está”. Ele colocou Nicky de pé em um tapete de trapos trançados na frente do fogão da cozinha. “Sente-se, vocês dois, e se aqueçam”.
“Obrigada”. Ela se sentou agradecida, banhando-se com o calor, enquanto Nicky afundava sobre o tapete. O tamanho, a limpeza, e jeito familiar do cômodo eram reconfortantes. Muitas pessoas tinham mentido para ela por ela confiar em estranhos tão facilmente, mas uma cozinha bem limpa era… diferente.
Os vilãos podiam ser limpos e familiares, também, ela se lembrou. Provavelmente. Ela poderia estar exausta—não conseguia se lembrar de quando tinha passado uma boa noite de sono—mas precisava ficar em guarda. Sua jornada estava longe de terminar.
Sr. Aguiar tirara seu sobretudo molhado e tinha pendurado em um prego atrás da porta. Ele removeu o casaco e o colete úmidos e os tinha pendurado atrás de uma cadeira. Ele dobrou as mangas da camisa, abriu a porta do fogão, e mexeu nos carvões que ardiam.
Ela olhou fixamente para os antebraços nus e bronzeados dele e para suas mãos grandes e fortes enquanto ele, metodicamente, alimentava o fogo com pequenos pedaços de madeira e então pedaços maiores. Ele assoprou algumas vezes com um fole e as chamas aumentaram, dourando seu perfil, destacando o nariz corajoso e os ângulos e sombras firmes de seu rosto.
Ela olhou para a coluna forte da garganta do Sr. Aguiar e para linha firme de sua mandíbula. A camisa estava aberta no pescoço. As chamas saltavam e crepitavam. Seu rosto estava iluminado pelo fogo. Ela não devia ficá-lo observando, mas tinha que manter os olhos abertos para não adormecer, e ele estava lá, bem em frente dela.
Ele não era um homem bonito, não era lindo como os jovens que Lua tinha admirado quando era uma menina, e ainda assim ele era… bonito, de uma maneira estranha. Firme e forte com uma aparência implacável. Um braço perfeito, um guerreiro esculpido, reduzido ao essencial. Formidável.
Ele tinha passado violentamente com um cavalo sobre ela, ignorado os desejos dela completamente, e ainda assim, fisicamente, ele a tinha tratado, junto com o filho, com uma gentileza assombrosa. Ela tinha se sentido querida, protegida…
Ele se endireitou, e ela não conseguiu evitar continuar olhando para ele. Ele usava botas altas e calças de buckskin, que estavam úmidos e agarrados contra o corpo longo, firme e masculino dele. As pernas eram longas, esbeltas e com músculos firmes. Ele tinha dito a ela que tinha coxas fortes, ela recordou. E elas pareciam… fortes.
As coxas de Rupert tinham sido fortes também. Ela supôs que todas as coxas de cavaleiros eram, mas as de Rupert tinham sido, de alguma maneira… mais carnosas.
Ele terminou de remexer no fogo e se virou para Nicky. “Agora, vamos dar uma olhada na perna”.
Nicky deu um pulo para trás, envergonhado. “Está tudo bem”, ele murmurou.
“Não fique assustado. Eu não vou te machucar, mas você estava mancando bastante e não é bom negligenciar uma ferida, quem diz é um velho soldado”.
Nicky desviou o olhar. “Não é nada”.
“A perna de Nicky foi ferida durante o nascimento”, Lua disse firme. “É mais notável quando ele está cansado, isto é tudo”. Todas as vezes Nicky tinha que explicar e ela sentia como se estivesse levando uma facada no peito. Era por culpa dela, ela sabia, que o filho tinha que aguentar este fardo. Ela se preparou para o que viria a seguir—o embaraço, as palavras reconfortantes e cordiais ou as perguntas.
Sr. Aguiar a surpreendeu. “Então está bem”, ele disse de um jeito sincero para Nicky. “Eu estava preocupado achando que tinha te machucado, assim como também a sua mãe. Nesse caso, que tal você me buscar algumas toalhas limpas do armário, Nick—é logo ali—e irei buscar um pouco de água quente”.
Nicky saiu apressado. Lua deu a Arthur Aguiar um olhar mudo de gratidão. Pouquíssimos homens que ela conhecia tinham feito um menino incapacitado parecer útil.
Ele colocou um pedaço de papel em uma lata pequena no mantel, queimou-o, e então o utilizou para iluminar a lanterna que estava pendurada acima de sua cabeça. Ele teve que se esticar para fazer isto e ela não pôde evitar observar o modo como a camisa dele tinha ficado apertada contra o peito forte e poderoso dele. Não parecia haver mesmo nenhuma suavidade no homem.
A bochecha dela tinha descansado contra aquele peito. Ela sentiu o coração bater forte.
Ele tinha tratado o filho com tal sensibilidade, respeitando a dignidade do menino dela. E ele tinha trazido ambos para dentro, para longe do frio.


A luz suave e dourada da lamparina iluminou a cozinha, e quando ela olhou de relance para cima, os olhos se encontraram.

Continua...

Meninas, me desculpem, olha, postei mesmo não podendo, estou com a sinusite, até ai tudo bem, mais eu Vic Lerda, escorreguei no corredor de casa, desloquei o pulso e to com uma perna inchada sem poder colocar peso nela, mais vi que as outras meninas abandonaram aqui, sendo que eu tinha colocado elas justamente pra me ajudar quando acontecesse isso, mais ja resolvi isso, a Dany estava em semanas de Provas e acho que ela ja vai voltar a postar, a Bia ta com a bacia fraturada ou alguma coisa desse genero auhsuah a vá faz tempo que não posta, nem me lembro a ultima vez, mais ja estou vendo isso, e a Mim esta postando aos poucos....Boom, eu vou fazer de tudo pra digitar tudo e postar Segunda, não gosto de Blog parado u.u kkkkk espero que me entendam...Bom, comentem muito!

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