8 Capítulo - Fix a Heart

Capítulo Oito

Despertei sentindo meu rosto ser alisado. Abri os olhos e pisquei para focalizar. 
Arthur. Ele recolheu a mão rapidamente e olhou pro lado.
- Ér, bom dia. 
- Bom dia. – Sentei na cama e o encarei. Arthur desviou o olhar.
- Pode tomar banho se quiser. Quer algo especial agora? – levantou.
- Que horas são? – cocei os olhos.
- Quase doze. Ia pedir algo pra nós dois. – coçou a cabeça.
- Nossa, eu tenho que ir pra casa. – Passei a mão no rosto
- Fica mais um pouco, precisamos comer algo.
- Ai meu Deus. Hoje é sábado! – Levantei rapidamente. Eu tenho um encontro triplo!
- Sim. E daí?
- Eu tenho um compromisso com as meninas. Mel vai me matar. – Sim, havíamos marcado de passarmos a tarde em sua casa, os meninos nos pegariam lá. – Tenho que ir.
- Lá se vai o japonês. – Arthur sorriu de lado. – Eu posso te levar em casa, mas eu não estou de carro.
- Sim, Chay está. Não se preocupe, pego um taxi. – sorri – Vou pegar minhas roupas. – sai. 
Peguei as roupas que tinha colocado pra secar e fui trás de tomar banho.Teria que vestir uma cueca de Arthur. 
- MEL! – Gritei assim que ela abriu a porta. Já tinha passado em casa, concordei com toda a mentira que Mel contou e fui até a casa dela. Estava com preguiça de atravessar uma árvore, então, fui pela porta mesmo. – Ai meu celular, cadê?
- Sim, eu estou bem, obrigado pela preocupação. – Mel revirou os olhos e eu ri.
- Ai, sua besta. – ri e a abracei – Muito obrigada.
- Nada, livrei minha pele também, de certa forma. – sorriu – Trouxe suas coisas?
- Claro. – virei um pouco de lado para que ela visse minha mochila. – E Sophia?
- Está vindo. Vamos subir. – Me puxou e nós fomos para seu quarto. – E ai, que diabos aconteceu? Eu já sei parcialmente. Aposto que foi por causa da música, e Chay me contou umas coisas. Primeiro me diga o que aconteceu, depois eu lhe conto.
- O que Chay te disse? – A olhei curiosa e ela revirou os olhos.
- E disse que depois lhe conto, eu preciso saber o que aconteceu, pra ver se encaixa com o que Chay me disse e assim eu tiro uma conclusão e te digo. Capiche? 
- Ok, senhorita. – ri – Então. Mordi a boca – Nos beijamos.
- Só? Tipo se encontraram e se beijaram? – Mel fez uma cara de tédio.
- Sério que quer todos os detalhes?
- Claro! – Mel exclamou. 
- Então tá. 
- Sim, querida, desenvolva. – gesticulou e revirou os olhos.
- Quando ele me alcançou,a gente brigou – ri – Deve ter sido engraçado, eu estava encharcada e morrendo de frio. Mas só é engraçado agora, porque não foi nem um pouco. Só não foi pior que a briga na casa dele. Joguei umas coisas na sua cara. Acredita que veio me pedir desculpas?
- E você aceitou?
- Lógico que não!
- E por que se beijaram então criatura? – Mel fez uma cara confusa e engraçada. Ri.
- Poso continuar? – Ela riu e assentiu – Falamos sobre nosso “namoro” e eu lhe disse que duvidava que ele já me amou. Então ele disse que me amava agora. – abaixei a voz.
- Oh, my, god! – Mel levou a mão à boca. – O que você fez? 
- Disse que não acreditava, e continuo não acreditando, eu acho.
- E quando vocês se beijaram mesmo? Porque isso está bem confuso. – Mel gargalhou.
- Nessa hora. Disse que não acreditava nele então ele me agarrou. Eu deixei, mas me dei conta do que fazia e o distraí pra conseguir me afastar. Mas ele me agarrou de novo, ai eu deixei mesmo. Dane-se. Ficamos nos agarrando por uns tempos, mas eu parei. Não transaria com ele, não mesmo. Mas ainda dormimos juntos e Arthur quis dormir abraçado comigo. Achei fofo, mais estranho. Ele está estranho.
- Ai que delícia, pode deixar que eu pego ele pra mim, você não quer mais, eu quero. – Fez uma cara safada e eu gargalhei. Lhe dei um tapa no braço. – Ai, sua vaca. – me olhou feio depois riu.
- Eu nem sei se não quero mais. – desviei o olhar.
- Vou fingir que não ouvi, ok? – riu e eu assenti rindo.
- Ok, o que o Chay disse? Desembucha.
- Bom. Ele me disse que o Arthur estava muito estranho. Babacão. – riu – Escreveu a música toda sem a ajuda dos meninos, ou seja, eram seus sentimentos. Eu penso assim, pelo menos. Pensa comigo, Arthur disse que te amava, Chay disse que ele estava estranho esses dias e você disse o mesmo. Arthur quis dormir e ficar perto de você, ele escreveu uma música dramática e fofa, creio eu que foi pra você. – respirou – Amiga, segura essa, mas Arthur Aguiar está afim de você.
- Sério? – ela assentiu super segura. – Mas agora eu não sei mais se consigo aceitá-lo de volta. Nem eu, nem meu coração. – suspirei – Ótimo, agora não sei o que fazer. – bufei.

- Mas nós ainda temos u encontro hoje! – Mel gritou animada. – Cadê a Sophia? Aquela vaca nada pontual.
- Nossa, que amável. – Ri.
- MELAAAAAAAAAAANIE! - Ouvimos um grito. Eu ri. Nós duas descemos e Mel abriu a porta.
- Já ouviu falar em campainha? – Mel perguntou para Sophia quando ela entru.
- Assim é mais emocionante! – Ela riu – Genteeeeeee!
- Que foi? – eu e Mel perguntamos juntas.
- Eu vou sair com Chaaaaaaaaay! – deu pulinhos. Mel bateu na testa e eu ri.
- Ok, Sophia. – ri. - Que horas são?
- Três e vinte e dois. – Sophia respondeu.
- Ok, temos duas horas e meia. Três jubas pra arrumar e três maquiagens pra fazer. – Mel contou – Vamos logo, suas lerdas. – revirou os olhos e saiu andando. Eu e Sophia balançamos a cabeça e fomos atrás.
Odeio ficar em arrumando pra sair, é cansatiiiiiiiiiivo. Mas valeria a pena. James era uma boa companhia e eu precisava mesmo tirar Artur da cabeça.
- O CHAY ME ACHOU FOFA, O CHAY ME ACHOU FOFA! – Sophia falou isso o tempo todo assim que voltamos para a casa. – Ai, estou apaixonada. – Se esparramou em meu sofá.
- Podemos subir, ou você vai morrer ai? – Perguntei e ela riu, levantando. Fomos pra meu quarto e eu tranquei a porta. Sophia nos encarou e eu e Mel encaramos ela.
- O Chay me achou fofaaaaaaaaaaaaa! – tirou os saltos e subiu na minha cama. Pulando. Revirei os olhos.
- Que felicidade, ein querida? – Mel riu. Sophia estava a mil. Por que diabos Chay a chamou de fofa? Vai ficar nos enchendo até amanhã. Ou até depois.
Foi um encontro legal. Chay e Sophia ficaram bem amigos, creio eu. Acho que ele gostou dela, ainda bem.
Freddie e Mel, fofinhos, mas Mel não quer nada sério com ele, acho que só vão ficar.
E eu... Bem eu me convenci de que não gosto de James, tanto que ele me bajular direto já estava me irritando profundamente. Ele é um bom amigo, apenas um bom amigo. Sem chance. Esperanças zeradas. 
Que droga, eu queria tanto gostar de outra pessoa, mais taaaaanto. 
Merda. Por que diabos eu fui gostar logo do Arthur? 
Ganhei um belo de um medo de namorar outra pessoa. Oba.
Merda de novo. Parabéns Arthur, parabéns. 
Estava completamente desligada do papo das meninas. Minha cabeça viajou pra ontem e eu me peguei me lembrando do beijo de Arthur. Oh meu Deus, não pode ser. De novo não.

- Lua? – Mel me chamou. Olhei – Ouviu o que eu disse?
- O que? – fiz uma cara confusa. – Ah, sim, claro – sorri.
- Então repita. – Mel cruzou os braços.
- Ahn.. Ah Mel, desculpa, eu não estava prestando atenção. – suspirei.
- Arthur? – Sophia me olhou. Assenti revirando os olhos.
- Arrrrrrrrrrrrgh! Eu não agüento. – Coloquei a almofada na cara e gritei.
- Não tem jeito, Lua. – Sophia riu – Você gosta dele.
- Gosta? – Mel riu – Mais que isso. E tenho certeza que Arthur está gostando dela também. Mas esses dois são complicados.
- Eu ainda estou aqui. E mesmo que ele goste de mim, não consigo aceitá-lo de volta. Pra vocês parece fácil. Nos gostamos, é só ficarmos juntos. Mas não é, droga, não é! 
- A gente entende, Lu. – Mel entortou a boca.
- Me deixem falar, eu preciso. – mordi a boca e pisquei rapidamente. Elas assentiram.
- É muito difícil, muito. Arthur simplesmente me magoou. E magoou feio. Não consigo entender como ele tem coragem de me pedir desculpas na cara dura. Certo que ele foi meio corajoso por ter vindo me pedir desculpas, mas depois de tudo que ele fez eu não devia nem olhar na sua cara. – respirei – O único problema é que não consigo ficar no mesmo lugar que ele sem sentir vontade de beijá-lo. Que merda, Lua, que merda. – soquei a almofada.
- Eu acho que vocês deviam se dar uma chance. – Sophia comentou.
- Eu também, mas eu também acho que o Arthur não merece droga nenhuma. – Mel bufou. – Você não faz a menor idéia do que a Lua passou, não é Soph? 
- Tenho uma ideia. – sorriu torto – Mas não sei o que ocorreu de verdade e vocês nunca pararam pra me contar.

Mel começou a contar tudo à Sophia, enquanto eu estava com a cabeça enfiada no travesseiro e só levantada para corrigir algumas coisas.
- Lua, sua louca! – Sophia quase gritou. – Você pensou em se cortar? – sussurrou.
- Sim. – levantei a cabeça pra responder e depois a enfiei no travesseiro novamente. Levantei de novo – Mas Mel não deixou. – bufei e Sophia riu.
- Graças a Deus, sua doida. – Sophia em olhou com uma expressão assustada. – Mas ninguém aqui quer conversar sobre depressão.
- Também acho. – Mel sorriu.
- Concordo plenamente. Não quero falar dos meus momentos de fossa, se não, entro em outra. – balancei as mãos.
- Vamos falar de algo realmente interessante. – Sophia sorriu.
- Tipo? – Mel perguntou.
- O. Chay. Me. Achou. Fofa! – disse pausadamente e depois deu um gritinho.
Eu não mereço. Mel riu alto e eu coloquei a mão na testa. Sophia e Mel começaram a falar e falar e falar desse encontro – que pra mim não foi tão divertido – bufei e voltei a enfiar minha cabeça no travesseiro.
Que vida.

Gente, sério, desculpa... (acho que tenho uma vida baseada em desculpas, só faço falar isso o tempo todo mesmo), não postei por 3 motivos... 1. To trabalhando; 2. estudando pra recuperação. 3. Tô quase sem tempo, e quando tenho tempo, é pouco, ai eu vou dormir... Enfim, postarei dois hj, but, but, but... apenas se tiver 10 comentários... Pooxa, to sentindo falta deles, sabe... Enfim, beijo caramelado.