7 Capítulo - Fix a Heart

Capitulo Sete

- Lua! – gritei. Ela estava andando no meio da calçada. Estava chovendo e eu nem sabia. Ela olhou pra trás e aumentou a velocidade dos passos. Eu comecei a correr e ela também. – Eu sou mais rápido que você entendeu? – A peguei pelo braço.
- Vai embora. – Pediu com a voz embargada. Eu a fiz chorar. De novo. E o titulo de maior idiota do mundo vai para...
- Você ficou maluca? 
- Não, você que ficou. Agora me solta. – sacudiu o braço. – Me solta logo.
- Eu não vou te soltar, pelo menos não até me dizer por que saiu de lá desse jeito.
- Jura? Jura mesmo? – revirou os olhos – Culpa sua, idiota. – conseguiu se soltar – Só sua. – gritou e voltou a correr. Suspirei, Teimosia. Volteia ir atrás dela. A peguei e a prendi na parede. 
- Eu não vou deixar você ir.
- Eu não quero ficar com você, droga. – tentou me empurrar, mas eu segurei pelos braços.
- Problema seu, você não manda em mim. – agi como ela.
- Arthur. Pare. – choramingou. 
- Se eu te soltar, promete que não vai fugir? – ela assentiu – Posso confiar? – assentiu novamente. A soltei, mas continuei perto para impedir uma fuga.

- O que você quer? – me encarou
- Falar com você. 
- Não acha que demorou demais pra decidir isso? – riu
- Acho. – suspirei
- Eu não quero falar com você. Eu estou com frio, encharcada, quero ir pra minha casa e dormir. – ameaçou andar. A segurei e ela revirou os olhos – Dá pra me deixar em paz?
- Você está longe da sua casa, sua louca. Está a pé, estava chovendo, e eu não vou deixar você ir sozinha. Nem pensar. 
- Vai me proteger, super herói? – debochou
- Vou mesmo, e daí? – dei de ombros – Você vai pra minha casa.
- Você é louco? Não vou mesmo!
- Ah, você vai sim. Nem adianta discutir. Está morrendo de frio, e minha casa é ali pertinho. Você sabe que é! – a olhei. Lua olhou pros lados e bufou.
- Só vou por que estou com frio. – rendeu-se.
- Ótimo. E nós vamos conversar.

- Satisfeito? – ela disse assim que entramos em minha casa.
- Muito.
- Que bom pra você. – andou até o sofá.
- Não sente! – Ela parou e se virou. – Você está encharcada.
- Fresco. – revirou os olhos.
- Você tem que tirar essa roupa molhada. – comentei. Lua me olhou arregalando os olhos, incrédula. – Não foi isso que eu quis dizer! Estou falando pra você tomar um banho e eu te empresto uma roupa, sei lá, vai ficar grande mas é melhor que um resfriado.
- Já usei roupas suas. – deu de ombros e eu sorri – Ok, eu vou.
- Quer um chocolate quente?
- O que você quer de mim afinal? – colocou a mão na cintura.
- Nada ué. – a olhei assustado - As pessoas costumam beber chocolate quente no firo, estou apenas te oferecendo. – ela me olhou e assentiu saindo da sala. Balancei a cabeça e fui até a cozinha. Sorri, Lua gostava de chocolate quente,e eu estava a fim de agradá-la, antes que ela me mate.

Estava finalizando o chocolate quente com alguns mimos bobos quando Lua apareceu na cozinha. Usava uma blusa xadrez minha e provavelmente sua calcinha, já que as pernas estavam à mostra. Aposto que foi de propósito. Cabelo molhado e solto. Estava linda. Assim eu derreto igual ao chocolate.
- Você demorou. – cruzou os braços e encostou na porta.
- Já estava indo. - Me virei com as xícaras. Entreguei uma a ela e aproveitei pra lhe dar uma secada básica. 
- Você vai ficar doente. A roupa vai secar em seu corpo. – comentou e sentou no sofá. Eu fiquei em pé.
- Verdade. Mas já secou, então já era. – Dei de ombros e sentei. Lua assentiu. Ficamos num silencio esquisito. Estava começando a ficar incomodado.
- Quando sua mãe volta? – Perguntou de repente.
- Natal.
- Nossa. – pareceu surpresa – Falta muito. Estou com saudades dela. – deu de ombros e tomou um pouco do seu chocolate quente. Juro que a vi sorrir de lado. Lua e minha mãe se davam bem. Bem capaz ela estar sentindo mais falta de Lua do que de mim agora.
- Sim, falta muito. Mas eu não quero falar disso, quero falar de outra coisa.
- De quê? – perguntou sem me olhar.
- De você.


- O que quer falar de mim? – me olhou.
- Eu sou um otário. – bufei.
- É você é um otário mesmo. Otário, babaca, imbecil, idiota...
- Eu já entendi ok? – Revirei os olhos.
- Fala logo o que você quer Aguiar. – Ui, me chamou de Aguiar, a coisa tá feia.
- Eu quero te pedir desculpas. – Lua me olhou incrédula e riu debochada – Não ria, eu estou falando sério. 
- Não, você não está. Você nunca pede desculpa pra ninguém, estando errado ou não. Você é orgulhoso demais pra isso. Você só pensa em você, só em você.
- Eu penso em você também, merda. – bufei. – Eu estou te pedindo desculpas de verdade Lua, eu não devia ter te magoado desse jeito... – me interrompeu.
- Ah, agora que você pensa nisso? Tarde demais Arthur. Você fez tudo errado, sempre fez tudo errado. – Largou a xícara em cima da mesa e levantou. Por que ela fez isso. Agora eu posso ver suas pernas. Vou me desconcentrar. – Você não sabe o quanto eu te odeio.
- Você tem esse direito. – levantei, também deixando a xícara em cima da mesa. – Me odeie, pense o que você quiser, eu estou apenas pedindo desculpas a você, eu sei que não vai me desculpar assim tão rápido, mas espero que um dia me desculpe. Eu não quis te fazer mal, Luinha. – peguei sua mão.
- Não quis mas fez. – sacudiu a mão a soltando – E não me chame de Luinha, você não é nenhum intimo meu.
- Não sou? Sério Lua? Nós namoramos,e creio que somos um pouco amigos.
- Namoramos? Jura? Duvido que você levou esse namoro a sério, Arthur, duvido até que você tenha me amado um dia.


- Lua!
- Por acaso eu estou mentindo? Me diz droga! 
- Eu te amo agora! – gritei.
- E eu não acredito em você! – gritou de volta. Lua me encarou ‘soltando fogo pelas narinas’. Ela não acredita em mim. Era de se esperar. A olhei por alguns instantes. Puxei-a pela cintura e choquei os nossos lábios, já invadindo a boca de Lua, que deve ter permitido isso por susto. Tentou me empurrar quando caiu em si, mas eu não deixei. Segundos depois ela já agarrava meu pescoço correspondendo totalmente. Graças a Deus. Tentei explorá-la totalmente, talvez não conseguisse outro beijo desse. Pressionei sua cintura e senti unhas arranhando meu pescoço. Ela estava correspondendo. Isso, isso. Lua alisou minhas costas e eu estremeci, me arrepiando. Ela me empurrou. Safada! Estava me fazendo ficar desligado pra conseguir sair.
- Nunca. Mais. Faça. Isso. Comigo. – falou pausadamente enquanto respirava.
- Acredita em mim agora?
- Não. Idiota. Não acredito em você. Acha mesmo que um beijo vai me fazer mudar de idéia?
- E dois beijos, rola? – a agarrei novamente. Lua resistiu. Mas ninguém resiste a mim por muito tempo.


Eu não sei como e nem por que, mas eu e Lua estávamos no maior amasso no sofá. Lua não me deixava tocar no botão da sua –minha – blusa. Frustrante.
- Chega. – Lua me empurrou.
- Ah não, estava bom. 
- Já deixei demais. Chega. – repetiu. Bufei. Queria mais. Queria mais que beijos também.
- Eu sei que você também quer. 
- Eu não quero nada. – Sentou direito no sofá.
- Ah, fala sério. – me aproximei dela. – Quer sim, eu tenho certeza. – tirei seu cabelo do pescoço e beijei aquela região.
- Sai de perto. – se afastou.
- Não. – me aproximei novamente. Ficamos nesse joguinho até não ter mais sofá pra Lua se afastar. – Ganhei. – sorri. Lua me encarou. Ergui as sobrancelhas e senti suas mãos atacarem meu pescoço, me puxando. Sorri e deixei que me beijasse. Opa, ela que me beijou, não foi eu ok? Não tenho a mínima culpa.


- Você é um gay. – Me deu um beijo rápido. – Filho da mãe – outro – E gostoso pra caralho. – bufou antes de continuar me beijando. Senti vontade de rir. Lua era completamente louca. Por mim, é. Hehehe. Assim eu espero.
- Eu sei. – ri quando nos separamos. Olhei para Lua, ela estava ofegante, me olhou balançando a cabeça em negação. Seus lábios estavam vermelhos e inchados, creio que os meus também.
- Isso nunca mais vai se repetir, ouviu?
- Ouvi. Mas não acredito.
- Pode acreditar. – Levantou.
- Onde você vai?
- Dormir, duh – revirou os olhos.
- E onde eu vou dormir? – Levantei.
- Sei lá, pode dormir até na casinha do cachorro, mas comigo você não dorme, lógico.
- Fala sério Lua, eu não vou dormir no sofá, muito menos no chão. Vou dormir na minha cama junto com você. – sorri.
- Ótimo, vá pra sua casa, eu fico com o sofá. – Deu de ombros.
- Pelo amor de Deus, Lua, a gente estava se pegando a instantes atrás, só vamos dormir, eu não vou te atacar no meio da noite.
- Nunca se sabe. É melhor prevenir do que remediar. 
- Você querendo ou não, eu vou dormir com você e acabou. – fui firme – e vamos logo, eu ainda tenho que tomar banho. – sai a empurrando para o quarto.

Pov Lua

Eu. Não. Acredito. Que. Deixei. Isso. Acontecer.
Não pode ser, meu Deus. Deixei Arthur me beijar, o beijei. E lá se foram todas as juras de que nunca mais o deixaria de aproximar. 
Que droga, que droga, que droga.
Mas também, eu tenho a desculpa de que Arthur é irresistível e insistente. Argh, idiota, imbecil. Eu vou matá-lo. 
Ainda vem com essa de dormirmos juntos. Ele que sonhe em abusar de mim. 
Agora ele tinha ido tomar banho, não levou nenhuma roupa, ou seja, vai sair de toalha. Virei para o lado contrário à porta do banheiro, não queria vê-lo, ira desejá-lo e seria incontrolável.
Fiquei um tempo assim até sentir a cama afundar e eu ser rapidamente agarrada pelos braços de Arthur. 
Tirei seu braço de minha cintura e me cobri, me afastando.
- Ah não, venha aqui, deixa de frescura. Vamos acabar nos abraçando de qualquer jeito. – Se colocou debaixo do lençol e me puxou. – Vamos dormir assim, é a tradição.
Seria a tradição se fóssemos um casal. ANTA.


Acordei ainda sendo abraçada – sim, eu permiti – e suspirei. Tinha dormido na casa de Arthur, e com Arthur – sem contar nos beijos . Espera ai... AI MEU DEUS, eu estou ferrada. Meu pai iria me buscar, eu deixei meu celular na bolsa em cima da mesa quando sai. Mel vai me matar também. Meu Deus do céu. Levantei num pulo. Arthur acordou assustado.
- O que foi?
- Estou ferrada! – o olhei – Ferradinha de Jesus. – levei a mão à cabeça – Preciso ir embora agora mesmo.
- O que? Ficou louca? Acho que não são nem dez horas ainda.
- E eu com isso? Eu preciso ir pra casa. – Entrei no banheiro correndo.
- Lua! – pausa – São seis e quinze! – Ok, está cedo, duvido que meus pais estejam acordados. Mas também temos a hipótese de eles nem terem dormido ainda me esperando, ai Meu Deus e se ligaram pra polícia? 
Vou ser assassinada.

 Não se desespera, liga pra Mel primeiro! – Arthur falava. Sai do banheiro às pressas. Peguei o celular de Arthur e liguei pro meu. Vamos ver 
quem atende.

Ligação On

- Cadê a Lua? – foi a primeira coisa que ouvi.
- Sou eu! – quase gritei – Mel! Meu Deus, meu pai foi nos buscar? O que ele disse? Estou ferrada?
- Calma. – ouvi um bocejo – Você não está ferrada, graças a mim. Estou na Sophia, estávamos dormindo. Disse que Chay levaria nos duas par a casa da Abrahão. De nada. Onde você está? – suspirei aliviada. Ai, amém.
- Mel, eu te amo! – ri – Estava desesperada.
- Ok, Lua, onde você está e por que está com o celular do Arthur?
- Estamos na casa dele, mas tarde te conto. – olhei pra Arthur que estava com cara de sono sentado n a cama (lindo) – Tchau. – desliguei.

Ligação Of

Me joguei na cama e agarrei o travesseiro.
- E ai? – ouvi a voz rouca de Arthur.
- Nada, está resolvido. Eu ainda estou com sono.
- Eu também estou. – Me virou. Ficamos frente a frente. – Melhor assim.
Me aconchegou. Eu tive que deixar. Eu adorava isso.
Comecei a pensar no que Arthur me disse ontem. 
“Eu te amo agora” “Eu não acredito em você”
Dúvida.

Créditos: Keel

 Eai, geeeentem, tudo bom? hahah, enfim, me desculpem por não ter postado ontem, ok?! Ontem não foi um dia legal para minha pessoa, pois completou 4 anos que minha irmã morreu, então, por favor me entendam. Passei mal e a Vic me ajudou e tals, mas já estou bem (sei que não querem saber disso, mas por favor, me deixem falar ahaha). A propósito, não cumpri uma promessa que fiz e mim (prometi a não chorar), meus amigos fecharam com a minha cara por isso, mas acabei descumprindo-a... Por que to falando disso mesmo? Não sei, mas enfim, desculpa, desculpa, desculpa, não estava com cabeça... Maaaas, aqui está um super hiper mega capítulo foda, que sei que era o que vocês estavam esperando aahahah... Bom, comeeeentem galera, fiquei super hiper mega ultra feliz com os comentários do ultimo post :D... Beijos caramelados :**