18 e 19 Capítulos - Fix a Heart. Últimos capítulos

Capítulo 18

Lua acordou dolorida e se amaldiçoando por ter dormido no chão. Levantou-se esticando os braços e foi direto ao banheiro.
Ela estava horrível! O rímel ainda marcava seu rosto e ela tinha olheiras fundas. Optou por tomar um bom banho. 
Não fez questão de colocar uma roupa apresentável. Desceu faminta e não encontrou ninguém além de seu pai, sentado no sofá vendo televisão. Ele olhou para a garota e abriu os braços. Lua correu até ele e o abraçou, sentando em seu colo.
- Ai, ai, menina, 17 anos e ainda precisa de colo.
- Sim. – Lua respondeu e sorriu.
- Está com fome? – Lua assentiu. – Vamos, farei panquecas pra você.
Os dois seguiram para a cozinha. Fizeram panquecas e carinhas nas mesmas.
Lua fez uma carinha triste, mas seu pai a corrigiu e lhe fez uma carinha feliz. Comeram, e muito! Após Lua lavar os pratos, abraçou o pai com força.
- Obrigada.
- De nada, pequenina. – beijou o topo da sua cabeça. Lua sorriu boba. Pequenina.

Lua passou o resto da tarde rabiscando algumas letras ruins em seu caderno. O deixou de lado e abriu a janela. Mel andava pelo quarto e falava ao telefone. Ela gritava. Num espaço de tempo, olhou pra frente e viu Lua parada, a observando. Sorriu e fez sinal para que a mesma esperasse. Lua assentiu e sentou na cama, encostando na cabeceira. 
Não demorou muito para Mel entrar em seu quarto.
- Estava falando com quem? – Lua perguntou fazendo ‘desenhos’ da colcha.
- Arthur. – Mel respondeu e sentou – Você precisa ouvi-lo.
- Não vou.
- Luinha, sério que você vai ficar desse jeito de novo? – Mel fez uma careta. Lua negou.
- Não estou de nenhum jeito, Mel. Eu só disse que não vou ouvi-lo. Não mais.
- Então me ouça, pelo menos. – Lua assentiu. Mel contou tudo aquilo que Arthur havia dito à ela. Kate estava o chantageando! A garota estava grávida. O filho era de um garoto do ultimo ano, porém, ela queria espalhar que o filho é de Arthur, pois o tempo também bate com a vez que os mesmos dormiram juntos (n/a: B-I-T-C-H!). E bom, isso foi suficiente para Arthur ficar em suas mãos.
Lua ouvia cada detalhe, sem pouco interesse. Pra ela, não importava. Mel ficou calada e Lua deu de ombros.
- É isso? – Mel assentiu. – Pois então, eu não me importo com Arthur. Quero que ele morra de felicidade. – Lua sorriu sapeca. Mel prendeu o riso e balançou a cabeça.

- Não vai perdoá-lo, não é? – Mel sorriu de lado com as sobrancelhas abaixando, lhe dando também uma expressão triste. Lua negou. – Ele te ama.
- Não parece, sabia? – Lua sentiu os olhos molhados e passou os dedos sobre eles, adiando lágrimas. – Ele só faz merda comigo, que droga. – fungou – Ele fez com que eu me sentisse amada, Mel. E minutos depois simplesmente beijou outra garota. Nem diz que foi ela, eu vi, ela partiu pra cima por que me viu. Ele beijou porque quis, ponto final. Ele não afastou, a mandou pro caralho e foi atrás de mim. Ele retribuiu. Se eu não tivesse aparecido, Mel, acha que ele teria me contado? – Mel não respondeu e Lua se levantou. – Arthur tirou meu coração do peito e depois pisou no mesmo. E eu não tenho que me matar por ele. Não vou sofrer por ele, Mel. Não dessa vez.
- O que vai fazer?
- Nada. – Lua deu de ombros. – Vou viver a minha vida, correr atrás do meu sonho e deixá-lo para trás. Ele não merece minha atenção. 
Lua entrou no banheiro. Mel ficou parada a esperando. Puxou o caderno da amiga jogado em cima da cama e abriu na ultima folha escrita.

“Everything We You’re Not.

I've been bruised and my heart I've been hurt broken
Can’t”

Ela havia parado de escrever. Mel fechou o caderno e balançou a cabeça. Ela sabia, Lua estava decidida. 

A loira saiu do banheiro arrumada e com uma toalha nos cabelos. Mel estranhou.
- Aonde vai? – Mel perguntou e Lua deu de ombros. Começou a fazer uma maquiagem.
- Tentarei falar com Jerry. – Passou delineador – Fiz uma boa burrada indo embora do concurso. Eu passei?
- Sim. Você foi desclassificada, claro. O resultado sai na terça, só que os meninos também foram desclassificados também. Então, de que adianta?
- Que pena, depois me desculpo com eles. 
- Hm. Bom, espero que você consiga falar com o Jerry, você merece. – Mel sorriu.
- Obrigada, girl! – Lua sorriu e pegou o blush. – Sabe Mel? Talvez eu até perdoe Arthur algum dia. Mas eu nunca vou esquecer. – guardou todas as coisas que usou e se olhou no espelho, soltando o cabelo. – Espera o taxi comigo? – Mel assentiu e as duas desceram. Era cerca de cinco horas da tarde. Pela primeira vez, Lua se sentiu confiante o suficiente para tratar de assuntos que voltassem para ela e seu talento, apenas. 
Mel esperou um taxi com Lua e depois voltou pra casa. Arthur havia ligado pra ela novamente. Sentiu pena do amigo, mas ela sabia que Lua estava com a razão.

***
O telefone de Mel tocou e ela olhou o visor rapidamente. Lua.
Ligação

- Oi. – atendeu. Lua gritou do outro lado da linha. – Sua louca, meu ouvido. – afastou o celular. – O que houve?
- Ele concordou! Ele me dará uma chance na gravadora, acredita? – Lua explodia de felicidade tentando achar um taxi pra voltar pra casa.
- Meu Deus que maravilha, Luinha!
- Sim, sim, ele vai tentar me encaixar na Hollywood Records! – Lua parou um taxi e entrou no mesmo, dizendo seu endereço em seguida. – Já estou indo pra casa, beijos.

/Ligação

Lua sorria enquanto via as luzes da cidade, indo pra casa. Já se imaginava indo para o seu primeiro show, cantando em casas cheias e fazendo sucesso. 
Balançou a cabeça tentando não criar expectativas. Impossível.

Ao chegar em casa, Lua fez festa com Mel. Dormiram na casa da loira, depois de encher a barriga de porcaria. Sophia iria ficar irritadinha.
Mel se surpreendeu quando Lua não se recusou à ir para a escola, já que, na ultima fossa, ela faltou quase uma semana. 
Arrumaram-se e partiram para a primeira segunda depois do término não resolvido. Lua sabia, ele iria atrás dela até entender que tinha acabado.
Era estranho coisas assim partirem da garota. Lua sempre fora sensível ao extremo, mas parece que ela cansou de chorar. Pelo estado em que estava quando voltou no sábado, ela já havia chorado o suficiente para perceber que não valia a pena.
Arthur tentou argumentar com Lua diversas vezes, mas ela não fez questão alguma de escutá-lo. Apenas se desculpou com os garotos e saiu de perto. 
Durante toda a manhã, ela ouviu sua voz, e sempre as mesmas expressões. 
“Precisamos conversar”
Não, ela não precisava. Não precisava ouvir mais do que ela já sabia, porque tudo iria sempre terminar na mesma coisa. E ele não tinha como mudar isso.

Capítulo 19 

Dois meses depois 

A vida nunca havia sido tão doce. Lua assinou o contrato com a Hollywood Records à um mês e duas semanas e já havia começados a trabalhar com algumas músicas, já que agora ela tinha uma banda.
Haviam arriscado lançar a garota como nova onda pop/rock e bom, deu relativamente certo. “Get Back” foi lançada como seu primeiro single nas rádios, e caiu bem o suficiente para que ela lançasse “La la land”.
Lua foi bem aceita pelo público adolescente, assim como os garotos, que lançaram suas músicas pelo youtube e começaram a fazer sucesso com as garotas.
Lua fazia poucos shows, mas ganhava um bom cachê com eles. Começava a se acostumar com isso. Havia sido reconhecida na rua duas vezes. Era maravilhoso.
Lua ainda não tinha falado nada com o ex-namorado, e tinha dado graças a Deus por ele não ter procurado a mesma, pelo menos não cara a cara.
A maioria das músicas postadas pelos garotos eram escritas de Arthur para Lua. Principalmente “Too Close For Comfort” (n/a: miiiiinha <33). Lua viu aquele vídeo mais de três vezes e ela não negava isso. Palavras mexiam com a menina, mas nem isso faria esquecer tudo o que passou.

Lua estava num parque, pensando na vida. Conseguiu até rir da sua situação. Seu celular apitou e ela o tirou da bolsa. 
” O que acharia de uma tour, Lulu?” 
- AAH! – Pulou do banco chamando a atenção das pessoas que estavam perto da mesma. Riu de si mesma e se sentiu envergonhada. Guardou o celular e foi atrás de um táxi. Os dias sempre são melhores.

Pra quem quiser ouvir...
***
- Meeeeeel, estou anciosa! – Lua apertou o braço da amiga.
- Ai garota, você vai apenas ver o palco. – Sacudiu o braço e Lua o soltou.
- Sophia, diga que me ama. 
- Te amo, chatinha. – Sophia riu e Lua deu língua a Mel, abraçando Sophia de lado. Chegaram ao local do primeiro show da tour, e Lua já estava quase chorando. 
Entraram na ‘casa’ (n/a: referência a casa de shows, por favor gente, rçrç) e Lua abriu a boca. 
Faziam testes com as luzes deixando tudo mais bonito. Havia dois pontos altos que a garota poderia usar, o elevador para sua entrada, um telão central e dois laterais.
- Vamos testar o elevador!!! – Lua correu até o palco. – Como faz? – Um funcionário a posicionou e acionou o elevador. Lua fez graça ao chegar em cima do palco e depois riu. 
Sentou-se na ponta do palco e olhou pra frente. Mel e Sophia sentaram também, uma de cada lado.
- Isso aqui vai estar lotado amanhã. – Mel sorriu.
- E você vai detonar. – Sophia completou e Lua abraçou as duas.
- Ainda não acredito nisso, acho que é um sonho.
- Mas é um sonho, Lulu. – Mel disse e saiu do abraço para gesticular. – Esse é o seu sonho, e você está vivendo-o na realidade.
- Amo vocês, sabia? – Lua fez cara fofa e voltou a abraçá-las. Lua concordou mentalmente com o que Mel disse. Estava vivendo seu sonho. E iria aproveitá-lo até o último minuto.

***
Lua sentou no sofá de seu camarim depois de espiar a platéia. Seu coração batia forte e ela estava tremendo.
- O que houve? – Chay, que havia acabado de entrar, agachou-se em sua frente.
- Eu não consigo, não com tanta gente. – Lua colocou as mãos no rosto. - Sei que já cantei na frente de outras pessoas, mas é diferente. O foco aqui será sempre eu. Eu não consigo.
- Quem disse que você não consegue? Menina, você só precisa subir nesse palco e ser você mesma. Se todas aquelas pessoas que estão lá gostaram da sua música nas rádios, eles irão gostar da sua música agora. Você é incrível, pequenina. – Chay disse tirando as mãos de Lua do seu rosto. A menina sorriu ao ouvir seu apelido bobo. – Você vai levantar daí e se preparar. Entrará no palco e cantará sua música. Eu estarei lá fora, torcendo por você. Menina, você merece tudo isso. Vai, Lu. E vai com medo mesmo. Deixa tudo fluir e tudo ficará bem. – Chay sorriu. Lua se jogou em cima do amigo o abraçando. – E nem chora pra não borrar a maquiagem. – Lua sorriu em meio ao abraço. Algumas lágrimas já haviam escapado e Chay as limpou quando se separam. – Tenho que ir agora. Boa sorte, neném. – Chay sorriu e saiu.
- TE AMO! – Lua gritou e Chay gritou de volta as mesmas palavras. Lua levantou do sofá e se apoiou na sua penteadeira exagerada, olhando-se no espelho. Ouvindo um ”Um minuto” vindo de um organizador, Lua fechou os olhos e respirou fundo.
- Eu posso fazer isso. – falava consigo mesma. Ainda de olhos fechados, viu o rosto de todas as suas amigas e amigos, inclusive Arthur. Lembrou-se de tudo que passou até estar naquele lugar. Ela sabia, era ali mesmo que devia estar.
- Pronta? – Lua abriu os olhos e olhou para Brian, que era quase seu empresário, junto a Jerry, que insistiu em tomar conta da carreira da menina. Lua assentiu e o seguiu. No caminho, ajeitaram seu retorno e mexeram em seu cabelo. Lua se posicionou no elevador e tirou seu roupão, revelando seu vestido coberto de paetês. Lhe deram o microfone e Lua sentiu o elevador sendo ligado. Se auto benzeu (n/a: em nome do pai, do filho do Espírito Santo, amém u-u) e ouviu gritos. 
Era ali mesmo que devia estar.

Epígolo 

Um ano depois 

Lua Blanco. Esse nome já era conhecido e aplaudido por muitas pessoas. Lua já havia se acostumado com a vida baseada no sucesso, nos fãs e na correria. Ela adorava!
Os garotos não ficavam atrás. Depois de conquistarem um bom publico feminino na internet, foram contratados pela Island Records (n/a: misturo tudo mesmo, a fic é minha e eu faço o que eu quiser u_u) e estão na primeira turnê, e estão muito bem, obrigada.
O tempo não foi suficiente para que Arthur esquecesse sua ex namorada, afinal, é impossível esquecer alguém quando essa pessoa está sempre sendo citada. Não só pela mídia, seus companheiros de banda também falam com a menina. Estão sempre ligando pra ela contando todas as novidades e ouvindo as suas. E claro, Sophia e Chay também ficam de nhé nhé nhé ao telefone.
Mel e Sophia sempre aparecem ao lado de Lua nas revistas. É impossível não estarem, já que estão viajando com Lua na segunda turnê.
Lua havia perdoado Arthur. Seria muito criança se não o perdoasse. Depois de uma longa conversa na madrugada, ela acabou ouvindo o garoto e foi madura o suficiente para perdoá-lo. Mas eles não voltaram. Lua não permitiu isso, e por esse motivo, Arthur não consegue mais falar com ela direito. Não sem imaginá-los juntos.

Lua estava embarcando para Los Angeles. Terceiro show da tour. Estava exausta e pronta para dormir no avião. Olhava apenas alguns tweets antes do avião decolar. Seu celular vibrou em suas mãos a fazendo olhar o viber. 
Chay.
“Girl, adivinha pra onde estamos indo? Haha, te encontro em LA, baby” 
Lua respondeu com "AAAAAAAAAAH, love you <3"
Compartilhou a noticia com Mel e Sophia. Logo pesquisou sobre algum cancelamento no show dos garotos em NY, e foi realmente confirmado.

”Por conta de um capricho dos componentes da banda, o show de McFly em NY foi adiado. Na realidade, o empresário dos meninos trocou de data com o show de Los Angeles, para que eles pudessem assistir o show da antiga amiga Lua Blanco. Pode isso? Fofos”

Lua leu a notícia num site adolescente e sorriu. Eles eram incríveis.

- Com licença. – a aeromoça chamou a atenção de Lua – É recomendável que desligue o notebook.
- Oh, desculpe. – Lua fechou rapidamente. Em seguida desligou o celular, procurando descansar.
Lua pensou como iria ser bom poder ver os amigos cantando. Era iria assistir o show deles, com certeza. Nem que fosse preciso adiar seu quarto show por eles, já que fizeram por ela.
Ela precisava colocá-los no palco. Seria incrível cantar com eles. Lua pensou em Arthur no mesmo instante. Seria incrível cantar com ele. Seria se ele não tivesse feito tanta burrada com ela. Era estranho. Ela havia dito à Mel, a um ano atrás. Nunca esqueceria. Não esqueceria das lágrimas que rolaram por seu rosto e da dor que sentiu. Duas vezes. Todo mundo merece uma segunda chance, mas pedir uma terceira já é demais. 
Poderia ser dito que ela ainda nutre algo por Arthur e ainda sorri quando vê, “sem querer”, uma foto sua, mas ela não consegue simplesmente jogar tudo pro alto e se arriscar de novo. Ela não teria como suportar uma terceira apunhalada. Ele teria que seguir sem ela dessa vez. 

***

- Olá, meninas. – Lua ouviu uma voz conhecida invadir o seu camarim. Deu um gritinho, assim como Mel e bem, principalmente Sophia. Deu um pulo da cadeira onde brincava de ‘girar’ e partiu pra cima de Chay.
- Sai, Lua! – Sophia tentava empurrar a garota.
- Sai nada, ele é meu amigo antes de ser seu namorado. – Lua apertou Chay e depois o soltou. O menino falou com Mel e depois ficou de chamego com a namorada (n/a: sdds Sophied).
Lua abraçou James e Micael. Arthur se aproximou da menina e a abraçou. Lua retribuiu, sem jeito mas retribuiu. 
- Saudades. – Arthur disse. Ele ainda não havia largado a menina. 
- Sim... – Lua respondeu, tentando sair dos braços dele. Arthur finalmente se deu por vencido e soltou a menina, indo falar com Mel. Lua mordeu a boca vendo como Arthur estava diferente. Seu cabelo estava bagunçado e ele parecia mais forte. Deixou a cabeça cair um pouco para o lado para observá-lo melhor. Ficou dessa maneira até Micael estalar os dedos em sua frente. Lua levou um leve susto e riu baixo, envergonhada.
- Vocês são incríveis. – Mel disse. – Estava morrendo de saudade.
- Tudo lindo, mas vou logo avisando. - Lua sorriu. - Façam mágicas aí, mas vocês vão tocar comigo, nem que seja uma música. 
- Sério cara? – Arthur perguntou. Lua olhou pra ele e assentiu.

- Podemos tocar uma sozinhos depois? – Arthur perguntou receoso.
- Rá, mas que ousadia! – Lua riu. – Acho que não tem problema. Eu faço o que eu quiser, o show é meu. – Fez pose e riu. Arthur sorriu abertamente. Ela ainda era a mesma! Ainda era sua garota.
- Nem se acha. – Mel gargalhou. – Cara, procurem um quarto! – Puxou Sophia.
- Não tem. – a loira deu de ombros. Lua sorriu de lado e olhou pra frente. Arthur a encarava. Desviou o olhar rapidamente.
- A amizade é linda, mas você precisa entrar. – Brian sorriu para a menina.
- Já? – Arthur perguntou e depois tapou a boca. Sorriu envergonhado. Lua deu um tchauzinho quando todos a desejaram boa sorte juntos. Ela sorriu. Era tão bom ver todo mundo junto de novo.
Lua cantava com mais felicidade que antes. Sorria sempre que olhava pra trás, espiando as 6 pessoas no backstage. Riu durante a música quando Micael e Chay fizeram palhaçada a imitando. Idiotas.
- Heeeeeeey guys! – Lua sorriu falando com a platéia. – A noite está boa? – gritaria. Apenas gritaria. – Haha, ficará melhor. 

- Recebam agora, meus melhores amigos no mundo tooooodo! Chay, Micael, James e Arthur! McFly galera! – os meninos entraram fazendo bagunça. Lua riu. Pegaram os instrumentos que ela havia preparado para os mesmos. – Eles vão cantar comigo, um pouquinho. – sorriu. 
- I’ve got you, o que acham? – Arthur perguntou e depois riu. Todo mundo era tão eufórico. 
Cantaram uma versão menor da música, porque Arthur queria tocar “algo mais legal”
- Vamos ver quem conhece essa. – Ajeitou “sua” guitarra. – Before I fall... – puxou e toda a platéia continuou a música. Lua sorriu olhando pro menino. Balançou a cabeça. Era muita sacanagem de sua parte. Eles cantaram a música inteira, e só Arthur tocava.
- Nossa. – Lua sorriu e fez um som abafado no microfone. – Obrigada. – Pausou para respirar fundo. – Obrigada, Arthur. – O olhou. Arthur piscou o olho esquerdo e sorriu. Lua desviou o olhar. – Olha, já que gostaram tanto assim dessa aparição surpresa. Vou deixá-los dominar o palco um pouquinho, por que não? – deu um tchauzinho e saiu correndo. Os garotos riram. Lua ficou junto às meninas, os observando, enquanto tomava uma água.

- E aí, pessoal? – Micael falou. – Vocês não estão vendo, mas o James tá ali, - apontou pro fundo. James levantou os braços. Riram. – Aquela branquela é incrível não é? – Responderam de forma positiva. Todos sorriram. Inclusive as garotas.
- A gente gostaria de cantar pra vocês uma música que significa muito pro grupo, quer dizer, pra um dos integrantes. – Chay sorriu. – Será que vocês conhecem?
- Bom. – Arthur riu baixinho. – Fiz essa música há um tempinho. Fiz pra uma garota. Pode parecer meio confusa, mas eu espero que vocês entendam. E bom, se ela ainda me escuta, que ela entenda também, e saiba que nunca deixarei de amá-la. – Arthur fechou os olhos por alguns segundos. – Too close for comfort.
(n/a: escutem gente, é linda)
Lua sentiu uma palpitação. Ele não podia fazer isso com ela. Não ali.

I never meant the things I said / To make you cry can I say I'm sorry? / It's hard to forget and yes I regret / All these mistakes 

Nunca quis dizer as coisas que eu disse / Para fazer você chorar, posso dizer que sinto muito? / É difícil esquecer e sim, eu me arrependo / De todos esses erros

Lua olhou as amigas com uma expressão desesperada. Mel fez uma cara de pena. Ela sabia que Arthur estava mexendo com ela cantando aquela música. E ela também sabia que ele fez de propósito. Lua tentou sair dali, mas Sophia a impediu. E não estava errada. Ela não podia fugir dessa vez. O show era seu.

Remember when we scratched our names / Into the sand and told me you loved me? / And now that I find that you changed you mind / I'm lost for words 

Lembra quando nós escrevemos nossos nomes / Na areia e você disse que me amava / E agora que descubro que você mudou de idéia / Estou perdido nas palavras 

Chay cantava enquanto Arthur tocava com a cabeça abaixada. A pior parte disso tudo é que ela lembrava! Como se tivesse sido ontem. Sentiu uma dor no peito. Aquele dia havia sido tão perfeito. 

All this time you've been telling me lies / Hidden in bags that are under your eyes / And when I asked you I knew I was right. / But if you turn it back on me now / When I need you most but you chose let me down, down, down 

Todo esse tempo você esteve me dizendo mentiras / Escondidas em bolsas que estão debaixo dos seus olhos / E quando eu te perguntei, eu sabia que estava certo / Mas se você descontar em mim agora, / Quando eu mais preciso de você / Mas você só me desaponta, desaponta... 

Lua colocou a mão sobre a boca. Ela nunca havia escutado essa música com tanto sentimento da parte dele. Quis chorar mas sabia que não podia.
Por um momento, Lua sentiu vontade de agarrá-lo, no meio da música, sem pudor algum, mas havia sempre um problema: Seu orgulho. E seu cérebro também.
Sempre que Arthur se aproximava, ele apitava, mostrando o enorme perigo. Ela não iria se jogar no abismo de novo. 

Lua puxou o fone de um funcionário e repetiu três vezes no microfone que tocaria sua música inédita naquele momento. Precisava colocar aquilo pra fora.
Os garotos se despediram depois dos aplausos. Arthur passou por Lua a olhando. Ela também olhou para ele. Seguiram com os olhares até o contato não ser mais possível, já que ela havia entrado no palco novamente.
- Voltei! – Lua deu uma risadinha. – Não tenho nem palavras para essa música. Uma bela sortuda essa garota não? – disse, na tentativa de dissolver algum pensamento dos fãs que ligassem Lua e Arthur. Como se eles não soubessem que eles já tiveram algo. – Ahn – foi até a escada e sentou-se – Então. – Ajeitou-se – A música que cantarei agora é inédita, está entre as faixas do meu novo álbum e bem, gosto muito dela, espero que gostem também, é a ideia. – riu, sendo acompanhada pelo público. – Ela faz parte da minha vida e quero que faça parte das suas. – Abaixou a cabeça e depois levantou. Arthur não sabia o que esperar, ficando nervoso logo que a música teve inicio. 

It's probably what's best for you / I only want the best for you / And if I'm not the best, then you're stuck / I tried to sever ties and I / Ended up with wounds to bind / Like you're pouring salt in my cuts

Provavelmente isso é o melhor para você / Só quero o melhor para você / E se não for o melhor, então você está preso / Tentei romper os laços / E acabei unindo feridas / Como se você jogasse sal nos meus cortes 

Arthur engoliu seco. Ela sabia como atingi-lo. E fazia muito bem, por sinal. Lembrou-se da primeira vez que a fez ficar mal. Ele sabia que havia sido um belo idiota. Mas se arrependia, poxa!

You must be a miracle / Walk up, swearin' up and down / You can't fix what's been broken / Please don't give my hopes up, no no / Baby, tell me how could you / Be so cruel... / It's like you're pouring salt on my cuts 

Você deve ser um milagre / Andando e xingando pra todos os lados / Não se pode consertar o que já foi quebrado / Por favor não jogue minhas esperanças fora, não não / Baby, me diga como você pode / Ser tão cruel /É como se você jogasse sal nos meus cortes 

Ele lembrava do modo que tratava a garota. Arthur sabia bem que ela nunca havia esquecido as coisas que ele havia dito pra ela. Sinceramente, Arthur não fazia ideia de como Lua conseguiu perdoá-lo depois de tudo o que disse a ela.
Entendeu completamente. Ela não o faria dessa vez. 

Baby, I just ran out of band-aids / I don't even know where to start / 'Cause you can't bandage the damage / You never really can fix a heart 

Baby, os meus band-aids acabaram / Não sei nem por onde começar / Pois não se pode fazer curativo nesse ferimento / Você nunca vai poder realmente consertar um coração 

Ela cantava aquilo pra ele sem precisar olhar em seus olhos. Ele já se sentia perfurado pelas palavras da menina. Finalmente, sentiu raiva de se mesmo. Como ele poderia ser uma pessoa tão ridícula? Assumiu sua culpa. Não importava se havia sido sem pensar. Ele realmente fez. Foi então que percebeu que estar arrependido não era o suficiente.

Oh no no no no / You never really can fix a heart / You never really can fix my heart 

Oh não não não não / Você nunca pode consertar um coração / Você nunca vai poder realmente consertar meu coração 

Arthur fechou os olhos e abaixou a cabeça. Não tinha mais volta, nem todo dinheiro do mundo lhe faria uma máquina do tempo para que pudesse consertar seus erros, para que pudesse ter mais uma chance, para que não machucasse sua garota. 
Ele tinha certeza. Aquele era o fim da história. Fim do namoro adolescente, fim dos curativos e das feridas. Não iria tentar se encaixar na vida de Lua novamente. Não iria destruir ainda mais seu coração. Já havia tentado colar os pedaços uma vez, e pelo que parece, deixou tudo ainda pior. Fez um ser humano amedrontado. Ele sabia que Lua teria medo de se apaixonar de novo, e por culpa dele. Ele tinha noção das coisas. Sabia também que precisava sair dali. Deu uma última olhada em Lua. Ele estava de cabeça baixa com uma mão passando pelo rosto. Deduziu que limpava lágrimas e seu peito apertou. Ele realmente precisava sair. Comunicou os amigos e foi se afastando. Só ouvia aplausos e pessoas gritando. Lua ainda estava calada. Arthur passou a mão por seu rosto e percebeu que chorava durante todo esse tempo. Fechou os olhos com força se direcionando à saída dos fundos, para não causar nenhum alvoroço. Prestes a sair da área de backstage, Arthur ouviu uma voz.
- Obrigada. 
Lua agüentava tanta coisa. Tinha certeza que a menina sorria pro público. A conhecia o suficiente para saber disso. Colocou seus óculos escuros, que não servem somente para se proteger do sol, e procurou pegar um taxi sem ser reconhecido. Seu incrível azar, ou talvez sorte, o fez cair num táxi que transmitia a apresentação da nova estrela teen. Ela era realmente incrível. Já cantava uma música agitada, dançava e ria. Arthur sorriu de lado observando o jeito da menina. Ela sempre seria sua garota.


"You never really can fix my heart" THE END

 Amooooorecos, de minha vida. Meus amooores, FAH cabou :C #choremos. Adorei posta-la aqui. Obrigada por lerem e comentarem. Então é isso. Beijo Caramelado :**