12 e 13 Capítulos - Fix a Heart

Capitulo 12
- Chega, chega. – eu falei. – Pode sair.
- Como assim ‘pode sair’ ? – Lua perguntou. – O que acharam? Eu particularmente adorei. – “Eu particularmente adorei, nhé nhé” Estou puto.
- Olha só, ele é muito melhor que qualquer outro aqui. – Chay disse. – Vai ser difícil chegar ao meu nível, mas... – Os quatro riram, eu continuava sério. 
- Por mim beleza, e não é só porque eu estou com preguiça de ver mais gente. – Micael disse. Sente todos olharem pra mim.
- E aí? – Lua perguntou.
- E ai o que? – perguntei. – Não.
- Não? Não por quê? – Lua me olhou surpresa.
- Por que não. – revirei os olhos. Lua fechou a cara e andou até aporta puxando James pela mão. Antes de sair, olhou pra trás e balançou a cabeça em negação. Quando finalmente saiu, bateu a porta com força. Ui.
- Qual foi cara? – Chay perguntou.
- Vocês são malucos não é? Estavam pensando esmo em aceitar esse Mané? – Perguntei. Chay assentiu como se não fosse nada de mais. – Ele é afim dela, fala sério, não mesmo.
- Eu não acredito. – Micael riu – Ciuminho?
- Fala sério, você vai fazer isso mesmo? Já não conseguiu uma chance com ela? Eles são amigos, ela trouxe ele pra ajudar a gente e você manda o cara ir embora por ciúmes? Você viu como ela saiu não viu? – Chay me olhou com uma cara de você-é-um-belo-viado.
Ops.

- Vi. – respondi num muxoxo. 
- Você não acha que é melhor ir falar com ela? – Micael me olhou com a mesma cara de retardado.
Acho. – continuei nos meus murmurros. Os dois me encararam e eu os encarei de volta. – Ah sim. – Levantei. Na verdade eu só estava com medo de ir falar com ela agora.- Vocês garantem que ela não vai me matar?
- Não, não garantimos. – Micael disse. Balancei a cabeça e sai.
- Esperamos que ela mate! – Chay gritou quando eu fechei a porta. Revirei os olhos. Babacas. Encontrei Lua sentada conversando com James. Cheguei perto e pigarreei. Os dois me olharam. Lua não estava com uma cara legal.
- Certo, depois a gente se fala. – James levantou.
- Não vá embora. – Lua disse enquanto ele se afastava. Eu me sentei e ela me olhou. – O que foi, se arrependeu? 
- Talvez. 
- Você é ridículo. Eu não acredito que fez aquilo.
- Lua, na boa, o cara fica babando por você, acha mesmo que eu aceitaria isso?
- Quem liga Arthur? Ele é meu amigo droga. – Lua bufou – Eu não quero brigar com você.
- Como se eu quisesse brigar com você. – suspirei – Eu o vejo como uma ameaça. – admiti e desviei o olhar.

- Você tem que confiar em mim. – Ela disse. – Isso é irônico, mas você precisa confiar em mim. Acha mesmo que James causa alguma coisa em mim? Arthur, por favor. Eles estão ferrados, vieram estudar aqui, mas não estão esbanjando dinheiro. James entrar no McFly vai ser uma oportunidade poxa.
- Não somos uma banda de sucesso nem nada.
- Mas serão, e fala sério, vocês já ganham pra tocar. O que custa? Não deixa isso estragar a gente. Acabamos de nos acertar.
Mirei seus olhos, ela parecia triste. Suspirei convencido.
- Chama ele e diz que ele está dentro. – eu disse. Lua sorriu abertamente. Levantei mas Lua segurou minha mão.
- Obrigada.
- Eu te amo, fazer o quê? – sorri e sai. 

Certo, eu tinha dado o braço a torcer. Lua estava certa, eu não podia estragar a nossa relação por isso. E... ah, fala sério, ele sabe tocar direitinho.
Voltei para a sala. Micael e Chay começaram a me perguntar coisas como “O que ela disse?” Sério, estava parecendo garotas esperando a amiga voltar de um encontro... Eca.
Lua abriu a porta e entrou com James e as garotas. Ela sorria. Estava feliz. YES, acertei dessa vez.
- Opa, o que temos aqui? – Micael perguntou.
- O novo baterista do McFly. – respondi. Chay bateu palmas e depois ergueu os braços como se dissesse ‘Graças a Deus’.
- Obrigado. – James disse olhando para mim. Apenas balancei a cabeça. O que a gente não faz por uma namorada insistente?
- Temos que acertar as coisas. – Micael disse tentando parecer profissional.
- Sim, nós temos. – Chay concordou.
Ótimo, papo chato.

Pov Lua

- Você não precisava ter me trazido. – Eu disse fazendo um biquinho e olhando pra Arthur que havia acabado de desligar o carro.
- Mas eu agradeço, sério mesmo. – Mel disse abrindo a porta e saindo do carro. Nós dois rimos.
- Fica um pouco comigo então? – Pedi fazendo charminho.
- Só se você cantar pra mim. – Arthur me olhou sorrindo.
- Não vale!
- Por favorzinho. – Arthur fez um beicinho e eu ri. Assenti e as do carro. Arthur repetiu meus movimentos e nós entramos em casa. Estava tudo desligado.
- Estranho. – eu disse. Deu de ombros e subi. Arthur foi atrás de mim. Entramos em meu quarto e eu me sentei. Observei Arthur fechar a janela e a cortina.
- Prevenindo uma possível interrupção de Melanie. – ele sorriu e eu ri. 
- Esperto.
Comecei a encará-lo com uma cara de idiota apaixonada. Acho que ele percebeu pois sorriu de canto.

- Por que está me olhando assim? – Sentou-se ao meu lado.
- Você disse que me amava hoje. – soltei sem pensar. Depois abaixei a cabeça. Não queria que ele pensasse que aquilo me afetava dando. Bom, afetava, mas ele não precisava saber.
- Estava falando a verdade.
- Hm. – sorri.
- Então, vai cantar pra mim ou não?
- Achei que você tinha esquecido. – fiz uma careta.
- Nada disso. – Arthur se levantou e pegou meu violão. Quer saber? Acho que ele anda muito ousado. – Toma. – me entregou.
- Certo. – suspirei. – Escolha uma entre a sétima e a décima. – Pedi. Arthur levantou pra ir atrás do meu caderno.
- Por que entre a sétima e a décima? – Perguntou.
- São as que já tem melodia. – sorri.
- Hum, que titulo mais interessante. Shut up and Love me. – ele riu. – Quero essa.
- Sério? – o olhei e ele assentiu. Ótimo, sem saída. Acabei cantando a música. Não olhei pra ele, mas sabia que estava sendo observada.

Toquei o ultimo acorde e arrisquei olhar Arthur. Virei o rosto e ele me encarava sorrindo.
- Eu já devia saber que você tem uma bela voz. – ele disse. Corei. 
- Por quê? – fui curiosa.
- Porque sua voz é linda normalmente! Quando você fala, eu escuto anjos. – Arthur sorriu pra mim e eu mordi a boca envergonhada.
- Não faz isso comigo, por favor, não f... – Arthur me interrompeu.
- Lua. 
- Diga. – o encarei, esperando que ele não dissesse nada que me deixasse completamente envergonhada e provavelmente vermelha como um tomate. Arthur tirou o violão de meu colo e me encarou com seus olhos castanhos.
- Cale a boca e me ame. – ele disse simplesmente, me fazendo sorrir. Balancei a cabeça afirmativamente. Arthur trouxe meu rosto para mais perto e tomou meus lábios. Deixei que rolasse. Eu sabia que dessa vez não transaríamos. Seria diferente. Iríamos fazer amor.



Capitulo 13

Pov Arthur

Comecei a despertar, calmamente, ouvindo um barulho insuportável. Meus olhos se direcionaram ao despertador de Lua. Estiquei meu braço e o desliguei. Lua só se remexeu. Não acordou. Que bom.
Sorri ao ver Lua. Ela estava de bruços, coberta até o meio das costas, ela dormia de boca aberta por conta de seus problemas respiratórios. Alguns cachos estavam em seu rosto. Uma figura linda.
Tirei o cabelo de seu rosto e fiquei a admirando. Lua parecia um anjo dormindo. Comecei um cafuné e Lua sorriu de olhos fechados.
- Hmmm. – Sorri – Há quanto tempo está acordada?
- Há alguns instantes. – ela respondeu baixo.
- Abre os olhos. – Pedi e Lua abriu – Linda. – Lua sorriu e mexeu no meu cabelo.
- Lindo. – sorri pra ela. – Vamos nos atrasar. – Dei de ombros e a abracei. Lua riu em meu ouvido.
- É sério. Vamos nos atrasar. – Lua nos separou e puxou todos os lençóis pra ela. Levantou toda enrolada e entrou no banheiro. Boba.
Batidas na porta.
- Vocês vão se atrasar. – A mãe de Lua disse do outro lado e deu uma risadinha.
- A gente já vai. – Lua gritou.
- Já estamos indo. Tchau e se cuidem. – Cláudia [n/a: coloquei Cláudia mesmo porque não tenho criatividade suficiente para inventar um nome pros pais deles] falou um pouco mais alto.
- Tchau! – Lua gritou novamente. Nossa. Que coisa bonita.

Lua demorou um pouco no banho. Enquanto esperava, recolhi minhas roupas e peguei uma toalha. A enrolei na cintura e fiquei na porta do banheiro esperando Lua sair.
- Hum, cheirosa. – Disse quando Lua passou por mim.
- Essa é a ideia. – recebi um selinho e Lua me empurrou pro banheiro. – Vai logo antes que eu te agarre. 
Então eu ri e fechei a porta. Confesso, eu queria ter ficado lá pra poder vê-la trocar de roupa, mas Lua é muito chata com essas coisas. Tomei meu banho rapidamente, me sequei e me troquei. Abri a porta do banheiro.
Lua estava de costas pra mim mexendo em algo na cama. Sorri e andei sem fazer barulho. A abracei por trás.
- Hum, que susto! – Lua riu e se virou. – Que cheiroso. 
- Hoje eu passei sabão pra você. – sorri e lua torceu o nariz. Eu ri de sua careta.
- Nojento. – Lua riu. Me deu um beijo rápido e depois nos separou. Ela voltou a arrumar o que ela chama de mochila e eu tive que ficar esperando. 
Comemos juntos e seguimos pro colégio. Dei uma passada rápida em casa pra catar minhas coisas.
Mal chegamos e os dois babacas se aproximaram de nós. Conversamos um pouco,a te Mel chegar soltando fogo pelas ventas.
- Você esqueceu de mim! – Apontou pra Lua. Eu ri.

- Eeeeeeeeeu ? – Lua apontou pra si mesma.
- Não, eu que tranquei a janela, eu que não atendi o telefone e eu que não esperei minha amiga pra ela não vir sozinha pro colégio. – Mel bufou. Eu ri.
- Oh, meu Deus, desculpa Melzinha.
- Desculpa nada, fica de namorico e esquece das amigas, só a Sophia que me ama.
- Coitada, a Soph nem tá aqui pra se defender.... – Chay comentou.
- O que você quer dizer com isso? – Mel o olhou enfurecida e Lua riu.
- Vem cá vai. – Puxou Mel e a abraçou. – Desculpa, deixe de frescura, um dia só não morre não.
- Não quero saber de você. – Empurrou Lua e depois riu. – Af, chata. Não me esqueça mais.
- Certo. – Lua fez um ‘positivo’ e riu. – Cadê a Sophia?
- Não sei. Ela não me atendeu – Chay falou um pouco desanimado. Hum...
Instantes depois, uma loira zumbi chegou do nosso lado. Mal vestida, cabelo preso e um óculos escuro na cara.
- Sô? – Lua fez uma cara confusa. Sophia puxou Lua e Mel pelo braço e as três saíram dali.

Pov Lua

Eu e Mel fomos arrastadas por Sophia até o banheiro. Ela nos jogou lá, entrou e fechou a porta.
- Será que dá pra explicar? – Me ajeitei.
- Se possível, explique o motivo dos seus trajes também, obrigada. – Mel olhou Sophia. Um suéter azul turquesa, uma calça moletom e uma sapatilha preta. Cabelos engrenhados e presos de qualquer jeito. Nenhuma maquiagem... Assustadora.
- Vocês precisam me ajudar. – Sophia tirou o óculos. Olheiras enormes. – Briguei com minha mãe de novo. – sentou no chão. Olehi Mel. Sentamos também.
- Chay? – Perguntei. Sophia assentiu.
- Também. Mas eu estou muito farta do jeito que ela me trata. Acabei dizendo algumas coisas também, aí já era. Ela me expulsou de casa.
- O que você disse? – Mel disse com uma expressão de espanto.
- Não queiram saber, eu não quero falar de novo. – Sophia mordeu a boca.
- Nossa. – a olhei – Coisas relacionadas a ela te tratar feito criança e etc? – Sophia assentiu.
- Estou perdida. Ela me disse que se não levar minhas coisas de lá até hoje à noite, ela joga fora. Eu acho que vou gastar minhas economias pra ir pra a Califórnia com o hotel.
- Nada disso. – Eu disse. – Nós vamos ajudar você, não vamos? – Olhei Mel e ela concordou. – Ótimo, depois da aula, vamos pegar suas coisas.
- Pra que? – Sophia me olhou confusa.
- Você vai pra minha casa. – sorri.

***

- Tem certeza Lua? – Sophia perguntou pela milésima vez. Estávamos indo pra minha casa depois de uma leve discussão entre ela, sua mãe e eu que me meti. Algo contra?
- Já disse que sim, já alei com minha mãe ok? Você fica lá em casa e na Mel também, a gente reveza, já que você é uma mala.
- Já disse que te amo? – fez um biquinho. Eu ri.
- Não! – Ri. Arthur parou o carro. Sim, estávamos de carona. Eu, Mel , Sophia e Arthur colocamos as coisas da Sô pra dentro.
- Cuidado com isso! – Sophia reclamou de Arthur enquanto ele levava uma caixa de alguma coisa.
- Então vem levar você! – Arthur retrucou e Sophia o deu língua.
Depois de tudo ‘em seu devido lugar’ já que ainda tínhamos que arrumar suas coisas em meu quarto. Paramos pra descansar. Arthur me chamou na cozinha.
- O que foi?
- Saudade. – me deu um selinho. Fiz uma cara fofa. – O Chay tá afim da Soph, cê tá ligada né? – assenti – Ele está se sentindo culpado. Fala pra ela conversar com ele.
- Vou falar. – sorri – Maior barra. – mordi a boca - A Sophia chegou no colégio parecendo comigo quando... – me calei e olhei Arthur. Ele abaixou a cabeça.

- Desculpa. – segurei seu queixo e levantei seu rosto. – Sério, foi mal. Não vou falar mais disso. – Arthur sorriu e me abraçou.
- Linda. – sussurrou e eu sorri. Arthur me virou e me abraçou por trás. Fomos juntinhos pra sala.
-Oh, o amor. – Mel riu. Arthur deu língua a ela e eu ri. Ele fica fofo, ora.
- Só de pensar que eu vou ter que agüentar isso. Acho que vou me jogar pro lado da Mel. – Sophia olhou pro nada e Mel fez um ‘não’ com o dedo indicador. Arthur se jogou no sofá e me levou junto, me fazendo dar um berrinho. O celular de Sophia tocou e ela olhou pra nós com cara de tédio. Saiu da sala. Fiz uma careta e Mel balançou a cabeça. 
- Sério o que é isso? – Arthur perguntou.
- Isso o que? – o olhei.
- Isso! Você olhou pra ela como se perguntasse alo e ela disse que sim! Mas você só fez uma expressão, você não falou nada! – Arregalou os olhos. Eu e Mel rimos.
- Não precisa entender nada, é coisa de mulher. – Micael disse e Chay assentiu. Arthur deu de ombros e ficou mexendo no meu cabelo.

***

- Acabei. – eu disse. Sophia levantou as mãos como se dissesse ‘graças à Deus’ e riu. – Olha só, não é fácil compor uma musica! – E eu não tenho culpa nenhuma de derrubar o copo no chão e você ter acordado.
- Tá né, mas você não precisava necessariamente compor uma agora.
- Eu estava inspirada! – me defendi. – E quando eu comecei você estava dormindo.
- Pois é. Mas me acordaram, sabe como é. – Sophia puxou meu caderno, leu e riu. – Que inspiração boa hein! Here we go again, hum, bem a cara de vocês dois.
- Não comece! – gargalhei.
- Como foi a noite de vocês? – Ela sentou em minha cama e me olhou com os olhos brilhando de curiosidade.
- Sophia! – a olhei incrédula e a mesma deu de ombros.
- Conta vai!
- Ai, eu não acredito que vou te contar isso, mas lá vai. – falei. Sophia bateu palmas.

***
Eu, Sophia e Mel estávamos em minha casa tagarelando – Sophia já avia contado pra Mel o que eu contei pra ela. Pois é, grande amiga. O telefone fixo tocou e eu me estiquei pra pegar. 

Ligação On 

- Alô.
- Boa tarde, Senhorita Lua Blanco está? – Uma voz de secretária disse do outro lado da linha.
- Sou eu, o que houve?
- Um segundo. – ouvi uma musiquinha chata por alguns segundos e logo ouvi mais uma voz, dessa vez masculina.
- Senhorita Blanco, meu nome é Jerry Moss, sou presidente da gravadora A&M Records, recebi uma gravação de seu demo, e gostei muito do que ouvi. – Arregalei os olhos e olhei as meninas.
- S-sim. – Gaguejei – Desculpe, mas como conseguiu um demo meu? – Essa é uma boa pergunta, porque eu não tenho um.
- Bom, foi um amigo seu, Roobertchay, se não me engano. – respondeu. Respirei fundo. Eu vou matar aquela ameba ambulante.
- Prossiga. – apertei o telefone nas mãos.
- Estou em parceria com a Hollywood Records e estamos promovendo um concurso entre jovens artistas de colégios. Sua escola está participando e como eu já vi seu trabalho, pedi seu numero, espero que não se incomode.
- Sem problemas
- Oh sim, então, estou te convidando para participar, o que me diz?
- Bom... – tapei o telefone e dei um berrinho. As meninas me olhavam confusas – Se é entre colégios, acho que eu posso participar.
- Oh que ótimo!
- Mas e ai... Já ouviu falar no McFly? – que foi? Estou retribuindo a gentileza.

 Geeeeente, dois capítulos pra vocês... Comentem muuuito... bjbj caramelado.