5 Capítulo - Fix a Heart

Capitulo Cinco

- Pov Arthur
É muito pra um dia só.
Primeiro, a ouço tocar e cantar. Depois, a vejo de calcinha shorts. 
É com certeza muito para um dia só.
Confesso, realmente confesso que fiquei com vontade de agarrá-la. Ela estava tocando rock cara! Rock! 
Gostosa, bonita, inteligente, e toca rock. Ai meu Deus, o que eu fiz? SEU BURRO! Meu Deus, como pude deixar a Lua escapar desse jeito?
Eu não acredito que eu fiz isso. Por favor alguém me soca? 
Agora fudeu tudo, tudo. Ela tá toda amiguinha daqueles manés mariquinhas, não gosta de ficar perto de mim, e quando a obrigam ela fica muito puta – no bom sentido da palavra, obviamente, mas vocês entenderam – não quer olhar na minha cara, e me odeia completamente.
Merda.

- Que porra, Arthur! – Pedro jogou uma baqueta em minha direção e eu desviei rapidamente.
- Ficou maluco? – O olhei.
- Não, você errou os acordes, idiota. – Micael revirou os olhos - De novo! – quase gritou. Ui, que medo. – Tá com a porra da cabeça aonde seu merda?
- Nas pernas da Blanco. – Chay deu uma gargalhada alta.
- Como é? – Micael riu.
- Porque a Lua tava com uma calcinha que é tipo short quando abriu a porta, ai o Arthur ficou todo babão depois disso. – Chay explicou e riu. O olhei furioso. – Que foi?
- Huuuuuuuuuuum, Arthur, virou babão? – Micael riu.
- Vamos voltar pro ensaio, por favor? – Pedro bateu palmas.
- Ok, ok. – Chay riu – Cara, estou ancioso, pra sexta. Eu nem acredito que vamos tocar e receber por isso.
- Nem eu! – Micael concordou.
- Puta merda! – Chay berrou. O olhamos assustados. – A música nova. Ainda não temos.
AI JESUS, AI JESUS! Esqueci completamente disso.

- Larguem esses instrumentos, vamos começar a compor! – exclamei deixando a guitarra de Chay no sofázinho. Todo mundo ficou reunido, eu com uma folha de papel na mão e uma caneta e sentado no sofá com as pernas esticadas e todos os outros três no chão. Me senti um folgado, mas não estou nem ai.
Tentei pensar em alguma coisa, mas a única coisa que me vinha na cabeça era Lua. 
Droga, mil vezes droga.
- Cara, podíamos fazer uma música sobre uma mina muito doida. – Chay sugeriu.
- Five Colours In Her Hair? – Pedro fez uma cara de tédio e Chay uma careta.
- Ok, foi mal. Vamos pensar.
Ficamos lá conversando sobre isso. Quer dizer, eles ficaram, porque eu ainda estava pensando na Lua. Tinha até rabiscado algumas coisas como “Eu nunca quis te fazer mal”
Ok, isso foi meio ridículo. 
Agora eu sei como é estar realmente arrependido de algo.

Pov Lua

- Mentira? – Mel gargalhou alto – Sua monga! Como não se lembrou dos seus trajes?
- Eu não sei. – Fiz bico.
- Por que logo o Chay? – Sophia fechou a cara.
- Nem começa, ele veio aqui pegar o seu telefone. – revirei os olhos – Pior de tudo foi o Arthur, foi horrível!
- Ele já viu mais que isso. – Mel revirou os olhos e eu a fuzilei. – Estou mentindo? – Ok, ela não está, mas mesmo assim, que vergonha!
- Ele veio pedir meu telefone? – Sophia deu um pulo da cama e eu gargalhei.
- Sim, e graças a essa merda de telefone, o Chay e o Arthur me ouviram tocar e me viram de calcinha, PALMAS, PALMAS! – Comecei a bater palmas que nem uma demente.
- Eles te ouviram tocar? – Mel me olhou – Awn, o Arthur deve ter ficado orgulhoso. 
- Melanie! – A empurrei da cadeira a fazendo cair. – Não quero ouvir ninguém falando do Arthur, já não basta o meu constrangimento hoje cedo. 
- Mas deve ter sido hilário! – Mel gargalhou. Ela ainda estava no chão.
- Ele me chamou de gostosa, eu quase morro de tanta vergonha.
- Te chamou de gostosa? - Sophia arregalou os olhos e cruzou os braços.
- Ele estava me zoando, sua anta. – Bati em sua testa e ela me deu língua.
- E ai, como foi mesmo que o Arthur reagiu? – Mel perguntou e depois gargalhou. 

- Gostosa! – Chay gritou assim que coloquei o pé no corredor. Mel gargalhou atrás de mim, e Sophia – que milagrosamente estava ao lado de Chay – também riu da minha cara.
- Ai meu Deus. – A baixei a cabeça morrendo de vergonha. Cheguei no grupinho de retardados e bati em Chay. – Abra sua boca novamente e observe não sobrar nenhum dente.
- Nossa. – fingiu estar ofendido. – Só estava falando a verdade. – fez uma cara safada e riu.
- Fala sério. – Ouvi a voz de Arthur. Oh meu Deus, ele estava ali. Eu não tinha reparado – o que é muito estranho – ai que vergonha.
- Luinha! – ouvi me gritarem. É hoje, meu Deus, é hoje. Olhei pra trás, era James. Sorri. 
- Oi meu amor!- ri do que eu disse e ele veio me abraçar. 
- E ai, beleza? – olhou para as pessoas ali presentes me abraçando de lado. Prefiro não descrever a cara de Arthur no momento. Me senti quente, ele estava com ciúmes de mim, sério?
- James! – Mel sorriu – Cadê os outros patetas? – perguntou.;
- O Freddie está na sala. – respondeu e revirou os olhos. Eu ri. Mel sorriu e bateu palmas, saindo dali. Maluca.
- Opa. Uma gatinha. – Micael saiu dali e foi arás da garota. Meu Deus, esses meninos são ridículos. 
- Soph, vamos ali comigo? – Chay a olhou e ela sorriu totalmente retardada. Saíram com os braços dados. Ai meu Deus, vão ser um lindo casal. Sobraram eu , James – que estava me abraçando – Arthur-cara-de-mal e Pedro – que bufou e saiu logo depois, sobrando apenas nós três.
Tenso.

Pov Arthur
Eu quase ia compor uma música para Lua ontem, graças a Deus não fiz essa merda. 
“Oi meu amor” 
Arrrrrrrrrrrrrgh, estou com uma puta vontade de voar no pescoço desse gay.
- Então. Eu vou indo. – James (gay) disse olhando o celular – Até daqui a pouco, baby. – deu um beijo na bochecha de Lua e saiu. 
Amém.
Lua olhou pra mim e ia sair – sem nem dizer tchau – mas eu a segurei.
- O que foi?
- Eu ouvi, érr... você ontem.
- Sim. E daí? – Me olhou fazendo pouco caso. Magoou. 
- Só ia dizer que você é muito boa. 
- Já me disseram isso, obrigada. – Se soltou e saiu. 
Ninguém gosta de mim, eu sou um órfão de amor, poxa vida.
Ok, acho que é castigo.

Pov Lua
Foram as aulas mais chatas da minha vida. 
Arthur toda hora me olhando e tentando puxar papo e isso já está me irritando profundamente. Eu mereço? Pelo menos James me fazia rir. Acho que estou a fim dele. Não pode ser, meu Deus, eu não quero ficar afim de ninguém. Já não basta um. Mas ele é tão diferente.
- Eu não sei o que eu faço comigo. – Bati na testa. Mel e Sophia me encararam. Tínhamos ido à uma sorveteria que fica ali perto pra conversar um pouco antes de ir pra casa.
- O que foi mulher? – Mel perguntou.
- Acho que estou ficando afim do James. Mas também acho que pode ser coisa da minha cabeça, por que ele é muito fofo, e fica me elogiando, e eu nunca fui tratada assim. Estou bolada. – bufei.
- Tadinha dela. – Sophia revirou os olhos. – Não acredito que esteja afim dele. Você só está desse jeito porque ele te trata feito princesa e o Arthur, desculpa mencioná-lo, nunca foi assim.
- Eu acho que concordo. Apesar de ser muito fácil ficar afim daquele gatinho. – deu de ombros e riu – Freddie que o diga.
- Sério que você está meeeeeeeesmo afim do Freddie? – Sophia a olhou. Mel balançou a cabeça negando enquanto colocava o sorvete na boca.
- Claro que não, eu não estou caindo de amores por ele assim como você é como Chay. – Revirou os olhos – Só, sei lá, ele é bonitinho, quero pegá-lo.
- Sua tarada! – Sophia quase gritou e Mel riu alto. 
- Enfim, acho que é isso mesmo que você disse, Soph. – suspirei. Porque Arthur me deixou tão carente desse jeito?

Pov Arthur
Ótimo, outra madrugada acordado. 
Segunda vez que tento rimar alguma coisa e fazer uma música cantável, mas nada sai. 
Lua, Lua, Lua. Isso é culpa dela. 
Ou minha.
Estremeci só de pensar isso. Como será que ela ficou quando a gente terminou? – ou eu terminei com ela – Me senti um completo idiota machista e insensível. Eu nunca havia pensado nisso antes! Senti um aperto no coração só de pensar que ela podia ter se cortado ou algo parecido. 
Lua é louca, isso é completamente possível. E pelo jeito que ela chegou no colégio um dia depois, creio que o estrago foi feio. Ela estava com olheiras. Eu me lembrava bem de como eu não me importei com ela nesse dia e em todos os olhos. 
Oh meu Deus, eu cheguei a beijar meninas em sua frente de propósito. Eu sou um ridículo.
Idiota, idiota, idiota.
Eu a deixei mal, meu Deus, eu fiz mal a Lua.
Agora isso não sai da minha cabeça. Eu vou me assassinar! – ou me suicidar, já que esse é o termo certo. Agora eu sei por que me chamam de babaca ou coisa parecida. Chay me xingou tanto quando terminei com ela que eu perdi a conta.
Eu... Eu me odeio, é.
Agora estou aqui, eu plena madrugada, acordado, pensando na Lua, completamente arrependido e sozinho. 
Sozinho? Hmm. Peguei a caneta e rabisquei o papel com minha letra ridícula: Lonely

Geeente, tô de féerias ahahaha, então, terei tempo de escrever. Já estou escrevendo umas coisas :D e terei mais tempo para postar pra vocês... Desculpa não ter postado, ontem cheguei tarde da escola e tive prova final hoje, então, estudei a noite toda... Bom, espero que gostem do capítulo... Esse foi grande. Quero comentários *o*

Créditos: Keel *o*